segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Reciclagem no Brasil

StumbleUpon Você já utilizou algum tipo de papel, alumínio ou plástico hoje? Provavelmente sim, pois são materiais que fazem parte da rotina das pessoas e são úteis para as atividades mais básicas como escrever ou beber um refrigerante. No entanto, o consumo responsável e a correta destinação dos resíduos sólidos ainda são assuntos pouco conhecidos pelo cidadão brasileiro. Isso reflete diretamente na baixa valorização do produto reciclado e também do papel do catador. Mesmo sem a devida conscientização do consumidor, ao longo dos anos o mercado da Reciclagem tem alcançado rápida expansão no país.
Para se ter uma ideia, mais de 500 mil pessoas sobrevivem da catação e comercialização de resíduos sólidos nas grandes cidades brasileiras, segundo estimativa do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Estes catadores não recebem remuneração adequada, tem condições precárias de trabalho e muitos deles ainda atuam nos lixões, submetendo-se a riscos à saúde e a todos os tipos de exploração. Esta é uma situação injusta, uma vez que a atuação destes trabalhadores representa um importante serviço público.
Para entendermos a complexidade deste sistema, é preciso conhecer a cadeia da reciclagem. No Brasil esta cadeia tem uma estrutura rasa e piramidal. No topo da pirâmide estão as indústrias de reciclagem. Abaixo delas, os intermediários que articulam uma ampla rede de atravessadores. E na base da pirâmide estão os catadores, atuando na maior parte das vezes por conta própria, sem equipamentos e sem capacidade para gerar escala de produção.  Quando estão organizados em associações ou cooperativas, estes catadores buscam colocar-se no nível médio da pirâmide. Porém, em geral também não dispõem de instalações, equipamentos e instrumentos de trabalho adequados.
Uma alternativa para solucionar este problema estrutural está na conquista da cadeia produtiva da reciclagem pelos catadores, ou seja, atuando não só na catação da matéria-prima, mas também na separação, no beneficiamento e na venda do produto final. Para isso, é necessário organizar e fortalecer os catadores.
 

Conheça a publicação:
PLANOS DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: MANUAL DE ORIENTAÇÃO

 
A publicação ora lançada faz parte desse esforço para apoiar o desenvolvimento institucional, elemento indispensável para a implementação da PNRS. O manual traz orientações para que os planos de resíduos sólidos possam ser elaborados de acordo com as diretrizes definidas pela Lei nº 12.305/10 e pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, levando ainda em conta as especiacidades e a diversidade que caracterizam a rede urbana brasileira, evitando-se a criação de modelos prontos e repetitivos. Objetiva-se, ainda, capacitar os diferentes segmentos da sociedade, interessados na questão dos resíduos sólidos, para que eles possam participar efetivamente do processo de debate e de consulta pública que devem ser realizados no âmbito da elaboração dos planos.
Com essa iniciativa, o MMA contribui para qualificar o poder público, o setor privado, a sociedade civil organizada, as cooperativas de catadores e os cidadãos em geral no grande esforço nacional necessário para cumprir as ousadas metas estabelecidas na PNRS, de modo a colocar o Brasil dentre as ainda poucas nações do planeta que conseguiram, de forma ambientalmente correta e garantindo a inclusão social, dar aproveitamento econômico para os resíduos sólidos.
Izabella Teixeira
Ministra de Estado do Meio Ambiente
 

Conheça as cartilhas da série “CAMINHOS PARA PRÁTICAS DO CONSUMO RESPONSÁVEL”

O Instituto Kairós e a Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vêm trabalhando no projeto Consumo Responsável nos Territórios Rurais, que envolve a agricultura familiar junto às Bases de Serviços de Apoio à Comercialização (BSC) nos territórios e constrói parcerias na discussão e na prática de estratégias de consumo responsável.
Para ilustrar o tema proposto, o Instituto Kairós apresenta esta série de cartilhas com algumas alternativas. São exemplos de práticas de consumo que promovem a aliança entre produtores, comerciantes e consumidores, de forma responsável e justa. Tais práticas têm a intenção de, por um lado, facilitar o acesso dos consumidores a produtos e serviços da agricultura familiar, agroecológica e da economia solidária a um preço justo, ao mesmo tempo que se busca construir com produtores um canal de escoamento de seus produtos por remuneração mais justa e sob melhores condições de trabalho.
Clique nos títulos ou nas imagens para ter acesso aos documentos:
“Organização de Grupos de Consumo Responsável”

 
“Parceria entre Consumidores e Produtores na Organização de Feiras”

“Controle Social na Alimentação Escolar”

 

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