Contratadas desde 2014 para o serviço de coleta seletiva em São Leopoldo, as 8 cooperativas de catadores do município entram em situação crítica em meio a Pandemia do Corona Vírus.
Consideradas como serviço essencial, os empreendimentos de catadores , enfrentam muitas dificuldades , desde a aquisição de Mascaras, luvas, álcool gel, e até o atraso nos pagamentos dos serviços de coleta seletiva, por parte do Município de São Leopoldo.
A situação piora ainda mais, quando os compradores e fornecedores, em meio a calamidade, já pelos decretos municipais e estadual, não podem trabalhar, dificultando ainda mais para os catadores dos empreendimentos Uniciclar, Coopervitoria, Cooperfeitoria, Cooper Santo Antonio, Univale, Nova Conquista, Cooperativa Mãos Dadas e Cooper Fenix, a comercilaização do material segregado.
Com a atual situação, os empreendimentos continuam as suas atividades, sem paralização, por se tratarem de um serviço essencial no município, como coleta de lixo.
- Estamos acompanhando os empreendimentos, que hoje estão fazendo parte da PLATAFORMA RECICLAR PELO BRASIL, e estamos tentando de todas as formas possíveis, dar apoio , suporte técnico, e pratico, buscando minimizar o máximo possível as dificuldades que as cooperativas estão passando neste momento. Junto a ANCAT (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Reciclavéis), e MNCR (Movimento Nacional do Catadores de Materias Reciclavéis), estamos trazendo alternativas para superar os impactos financeiros causados pelo COVID 19, na renda de cerca de 168 famílias de catadores que hoje estão dentro das cooperativas que fazem a coleta seletiva em São Leopoldo. Porém não conseguimos atender todas as demandas. O governo municipal também deve cumprir com o seu papel.
- Alguns empreendimentos de São Leopoldo, já chegam a 6 meses com o atraso no pagamento do contrato do serviço de coleta seletiva - Relata o Agente de Defesa Ambiental ANCAT, Fabio Rodrigo Garcia de Limas (37).Os empreendimentos de catadores, se unem em um momento difícil, para apoiar-se uns com os outros, porém a maior dificuldade, com o atraso no pagamento dos contratos, está não só na renda dos cooperados, mas também com os insumos para a continuidade dos serviços de coleta seletiva, como Diesel e pagamento das equipes de coletores e motoristas, o qual estão todos os dias prestando o serviço.
- Estamos chegando a um limite máximo, que temos que optar, se mantemos os serviços ou reduzimos a nossa renda dentro da cooperativa, para manter o caminhão e coletores trabalhando na coleta. Diz a catadora Rosane da Silva (47).

- Num momento difícil, sem receber o pagamento do contrato, e sem podermos comercializar nosso material, não sabemos mais até aonde vamos conseguir levar, diz outra catadora Sirlei Guimarães (58).
Em varias tentativas sem sucesso com a Secretaria da Fazenda do Município, os empreendimentos de catadores, contam com a sorte, de que o pagamento de ao menos um mês, seja efetuado ainda antes do feriado de Páscoa.
Fonte: Departamento Comunicação Uniciclar.

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