Propostas debatidas pela sociedade não foram incluídas em Plano.
Catadores de materiais
recicláveis da cidade de Campinas realizaram manifestação em frente a
Prefeitura Municipal de Campinas (SP) contra a incineração de lixo na
cidade e pela valorização do trabalho desenvolvido por 14 cooperativas e
associações na coleta seletiva da cidade. Logo após a manifestação os
catadores participaram da audiência pública de consulta popular sobre o
Plano Municipal de Saneamento Básico que definirá diretrizes para os
resíduos sólidos na cidade.
“Nossa proposta, defendida pelo MNCR, é
a da reciclagem popular, já que se trata da melhor rota tecnológica
para concretizar a gestão integrada dos resíduos sólidos definida pela
PNRS (Lei nº 12.305/2010): redução, reutilização, reciclagem, tratamento
e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”, defendeu
Jarbas Pires, catador da Cooperativa Santa Genebra, durante a audiência
pública.
O catador também se posicionou
contrario a PPP (Parceria público-privado) que deve gastar 300 milhões
de reais dos recursos públicos em uma usina de incineração de lixo, ou
seja, quase a totalidade do orçamento destinado para gestão de resíduos
previsto no Plano de Saneamento. “Reivindicamos que nossos impostos
sejam revertidos em recursos para fornecer a estruturação das
associações e cooperativas de catadores, bem como a contratação e
remuneração pela Prefeitura, com a implementação de tecnologias sociais
adequadas ao trabalho autogestionário”, declarou Jarbas.
Diversos participantes da audiência
pública questionaram o fato do Plano de Saneamento apresentado não
contemplar nenhuma sugestão proposta na Conferência Municipal de
Resíduos Sólidos de Campinas, bem como não contemplar diversos
princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos, tais como
precaução, poluidor-pagador, protetor-recebedor.
“A incineração é um desastre dos pontos
de vista social, ambiental e econômico. É um retrocesso. A Europa está
abolindo as incineradoras e o Brasil quer trazer essa tecnologia
atrasada em tempos de sustentabilidade. A solução é reciclar, é investir
nas cooperativas”, disse Eduardo Ferreira de Paula, representante do
MNCR.
“Vamos fazer o que for preciso para impedir a incineração. Nós limpamos essa cidade e não somos reconhecidos, não temos nenhum apoio”, reclamou Janaína Aparecida Pires, catadora de materiais recicláveis há 12 anos.
“Vamos fazer o que for preciso para impedir a incineração. Nós limpamos essa cidade e não somos reconhecidos, não temos nenhum apoio”, reclamou Janaína Aparecida Pires, catadora de materiais recicláveis há 12 anos.
FONTE: http://www.mncr.org.br/
Postado por: Departamento de comunicação uniciclar.
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