sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Rede Catapoa discute ações futuras.

O projeto Catadoras e Catadores em Rede, patrocinado pelo Programa Petrobras Socioambiental, esteve na pauta do encontro da Central de Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis -  Rede Catapoa -, que aconteceu no dia 16 de julho, em Porto Alegre (RS), na FLD. Com a participação de lideranças do MNCR e representantes de cooperativas e de grupos de catação, o encontro serviu de espaço para discussão e planejamento de atividades.
As participantes e os participantes receberam informações sobre coleta seletiva e questões de volume de materiais e geração de renda e sobre o conceito de rede, de associação e de cooperativa, onde a gestão acontece de forma integrada.

"A criação de uma central de cooperativas - a Rede Catapoa - é resultado de um projeto antigo no MNCR, para podermos comercializar nosso material junto à indústria, por um preço justo, agregando valor", disse Luciano Vargas Menezes, liderança do MNCR e coordenador operacional do projeto Catadoras e Catadores em Rede.
Algumas ações que vão fortalecer a iniciativa já estão se desenhando de forma concreta. Entre estas, a negociação com o Internacional (time gaúcho de futebol, o Sport Club Internacional) para a coleta de materiais recicláveis no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Fonte: Site FLD.

Audiências do PERS-RS recolheram demandas em 10 regiões do RGS.


Foto: Equipe do Projeto Saúde da Água. Aguaonline.

A etapa de 10 audiências e oficinas regionais do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS-RS) foi concluída com a reunião realizada em Santa Maria, abrangendo 59 municípios da região 3. Na abertura da audiência, pela manhã, o secretário municipal de Meio Ambiente de Santa Maria, José Antonio Lemos, representando o prefeito Cesar Schirmer, destacou a importância do que chamou de “peregrinação pelo Rio Grande do Sul feita pela equipe do PERS-RS”, que está sendo elaborado pela Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (SEMA-RS) e a empresa Engebio Engenharia, contratada por licitação.

“Precisamos trabalhar no coletivo para resolver dificuldades que cada municipalidade sozinha não teria meios, recursos e pessoal para buscar as melhores soluções”, disse. O secretário lembrou que é fundamental o papel das mídias e redes sociais para esta participação de todos os segmentos no debate e formatação de propostas para o PERS-RS. “Um Plano gestado com maior participação tem melhores condições de se viabilizar”, concluiu.

Já a representante da FEPAM e membro da equipe técnica SEMA/FEPAM para elaboração do PERS, eng. Carmem Níquel, ressaltou o papel preponderante deste diálogo e levantamento de dados que estão subsidiando a elaboração do diagnóstico e identificação das propostas atendendo às peculiaridades de cada região.

A ausência dos executivos e legislativos municipais – menos da metade dos municípios integrantes da Região 3 enviaram representações à audiência - foi lamentada pela coordenadora do Projeto Saúde da Água, que está sendo executado pela ONG Fundação MO’A, no município de Itaara. “Tem lei, tem prazo para execução dos Planos. Por que os prefeitos e vereadores não participam” criticou a engenheira florestal Luciane Chami, coordenadora geral do Projeto. Segundo ela as prefeituras precisam trabalhar melhor a informação pois as pessoas ainda não sabem o mínimo para que a coleta seletiva seja efetiva, que é como separar os resíduos em casa. “Cada um tem que fazer a sua parte. É legítimo multar quem joga lixo na rua. Precisamos aprender que todos têm responsabilidade com a gestão dos resíduos”, disse. Luciane Chami considerou positiva a metodologia da audiência seguida das oficinas principalmente pela oportunidade de trocar informações. “Esta diversidade de participação é uma experiência muito rica”, comentou.

Nas 10 audiências e oficinas regionais uma presença constante foi dos catadores de materiais recicláveis, inclusive uma representação do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis (MNCR). Eles apresentaram em todas as regiões propostas para: pagamento por serviços ambientais aos catadores - que seria uma compensação para o recolhimento de resíduos que não têm valor no mercado da reciclagem, a contratação de cooperativas e associações para a coleta seletiva solidária e a proibição da incineração.
Demandas
Foto: Oficina RSU e RSAN. Aguaonline.

Mesmo com questões específicas em cada uma das oficinas foi possível identificar demandas comuns em todas as regiões. Entre elas está a capacitação para a gestão, tanto para os governos municipais como para os catadores de materiais recicláveis formalizados e demais segmentos que atuam na coleta seletiva. Também foi mencionada em todas as regiões a importância e necessidade de programas permanentes de educação ambiental voltados para o saneamento.

No que se refere a algumas tipologias, como é o caso dos resíduos da indústria, da saúde e da construção civil, que são setores mais organizados e cobrados para a gestão de seus resíduos, a demanda é por aterros especializados. Atualmente a disposição final é feita em locais a grandes distâncias. Uma das propostas da área da saúde é a instalação de um maior número de pontos de coleta de remédios vencidos. Algumas redes de farmácias estão instalando postos voluntários de coleta mas há necessidade de que cada município tenha pelo menos um ponto de recolhimento destes resíduos.
Fonte:Aguaonline.

Catadores entregam proposta do PRONAREP ao Governo Federal.

Programa busca fortalecer a Reciclagem Popular em todo o Brasil
No dia 20 de Agosto, durante abertura do Encontro Nacional de Tecnologias para Inclusão de Catadores de Materiais Recicláveis realizada na Universidade de Brasília, o MNCR entregou oficialmente ao Ministro Gilberto Carvalho a proposta do PRONAREP, Programa Nacional de Investimento na Reciclagem Popular.
Reciclagem Popular é a reciclagem feita pelos catadores e catadoras, em associações e cooperativas autogestionárias. Sendo contratados para executar a Coleta Seletiva Solidária através de um novo modelo de gestão integrada de resíduos sólidos. Compreendendo sistemas públicos de limpeza urbana com participação e controle social. Fazendo com que o serviço de coleta, triagem, enfardamento, beneficiamento e industrialização dos materiais recicláveis sejam realizados pelos próprios catadores, distribuindo a riqueza, o poder e o conhecimento gerado a partir do resíduo.
Para a consecução desse objetivo, que atende os princípios da justiça social, preservação ambiental e é condizente com a PNRS, reivindicamos a elaboração de um Programa Nacional de Investimento na Reciclagem Popular (PRONAREP).
Esse programa deverá introduzir uma politica de financiamento estruturante as organizações de catadores, organizados em todos os níveis, superando a lógica de concorrência feita por editais. Este financiamento deve apoiar desde as pequenas associações de catadores que ainda estão em cima dos lixões, assim como aquelas que estão em processo de comercialização coletiva, através de suas redes.
Este apoio deve ter o objetivo de fortalecer o crescimento dos catadores para o desenvolvimento da cadeia produtiva, tornando-a popular e solidária. Considerando assim as especificidades regionais para a instalação dos pólos industriais; Prevendo o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento para soluções adequadas à Rota Tecnológica da Reciclagem Popular; e Articulando as diferentes políticas de educação, saúde, habitação, erradicação do trabalho infantil, assistência social para a população catadora.
Pelo fim da desigualdade na cadeia produtiva da reciclagem!

Por 100% de reciclagem com 100% de inclusão!
Propomos uma rota tecnológica que favoreça a reciclagem dos RSU, rumo à construção de uma cadeia produtiva da reciclagem de caráter popular. Essa rota tem início no primeiro e fundamental passo: a separação dos resíduos nos geradores, em três tipos: orgânicos, secos e rejeitos. Esses processos de separação efetiva o princípio de responsabilidade social compartilhada, envolvendo totalidade dos cidadãos.
A Coleta Seletiva Solidária, Tecnologia Social desenvolvida pelos catadores, deve ser alternativa prioritária. Os catadores, além de realizarem a coleta, desenvolvem o trabalho de mobilização da população, educando sobre o que deve ser reciclado e sensibilizando para a separação.
A triagem dos recicláveis também deve ser realizada por ass. e coop. de catadores com a infraestrutura necessária. As alternativas tecnológicas deverão ser implantadas sob controle dos catadores, permitindo que eles tenham liberdade para escolher e modificar as opções existentes.
À medida que o índice brasileiro de coleta seletiva aumentar, será preciso desenvolver, expandir e implementar a indústria da reciclagem. Temos como perspectiva, o avanço dos catadores na cadeia de valor da reciclagem, com ele incluindo paulatinamente as atividades de beneficiamento industrial dos recicláveis, no âmbito da Reciclagem Popular.
Os tratamentos que reconhecemos como adequados para os materiais orgânicos são a Biodigestão Anaeróbia e a Compostagem. Ambas podem ser realizadas de forma domiciliar ou em larga escala, e podem ser uma alternativa para geração de renda dos catadores.
Quanto aos rejeitos, defendemos a sua redução. Consideramos inaceitável que as empresas continuem a produzir embalagens de materiais não recicláveis ou reutilizáveis e, portanto, reivindicamos que as mesmas deixem de ser produzidas.
Para viabilizar a implementação desta rota tecnológica consideramos necessárias que algumas condições sejam atendidas:
  • Os sistemas de limpeza urbana devem ser públicos, com controle social e participação dos cidadãos;
  • A gestão dos RSU deve ser financiada por recursos públicos e pelo setor produtivo, reconhecida a premissa do poluidor pagador;
  • As cooperativas e associações de catadores prestam um serviço ao Poder Público e à preservação do meio ambiente;
  • Não à incineração!
  • Não à precariedade das condições de trabalho com resíduos!

Para efetivar a PNRS há demandas diversas de estudos e pesquisas para obter as soluções mais adequadas às diversas realidades do país. São elas:
  • A sistematização e desenvolvimento de novas tecnologias sociais para melhorar a eficiência da Coleta Seletiva Solidária;
  • Identificação e solução para os gargalos da cadeia produtiva e do mercado da reciclagem no Brasil, particularmente para a promoção da Reciclagem Popular;
  • O estudo para a construção de planilhas referência de custo unitário para os processos de manejo dos resíduos sólidos urbanos;
  • O estudo dos limites, potencialidades e formas de apropriação pelos catadores, da tecnologia de triagem mecanizada de RSU e sua contribuição para a Reciclagem Popular;
  • O estudo dos limites, potencialidades e formas de apropriação pelos catadores, da tecnologia de biodigestão anaeróbica e compostagem;
  • Desenvolvimento de soluções para a reciclagem de produtos atualmente considerados rejeitos - por não existir tecnologia para a reciclagem ou cuja reciclagem ainda é reduzida, por não ser economicamente viável.
  • O desenvolvimento de estudos de ciclo de vida dos produtos para modelos de consumo sustentável.
  • O desenvolvimento de modelos de financiamento da logística reversa, independente do financiamento único através do mercado de recicláveis e da matéria prima pós-consumo.
    Fonte: Site MNCR.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Giacomini quer melhor aproveitamento do lixo.

A Câmara Municipal aprovou, em segunda votação, projeto do vereador Claudio Giacomini (PSDB), que dispõe sobre a proibição da tecnologia de incineração no processo de destinação final dos resíduos sólidos urbanos passíveis de reciclagem em São Leopoldo. A proibição abrange todo o lixo produzido por residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços e também os serviços de limpeza urbana.
Segundo Giacomini, o projeto visa a garantir a continuidade do trabalho de centenas de catadores de materiais recicláveis, que retiram seu sustento dessa atividade, ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação do meio ambiente. Conforme o vereador, o processo de incineração reduz muito o volume de recicláveis, o que prejudica inúmeras associações e cooperativas de catadores, além de impedir a reutilização de objetos, que é considerada uma alternativa mais sustentável.
Recicladores -O projeto ganhou aplausos dos recicladores na sessão de quinta-feira (31/7) em que foi aprovado. O presidente da Associação de Catadores e Recicladores Mãos Dadas, Alessandro Flores, utilizou a tribuna para elogiar o projeto e afirmar que São Leopoldo está avançando na questão de reciclagem de seus resíduos sólidos urbanos.
O descumprimento da lei, ainda não sancionada, terá penalidade de multa e impedimento de concessão pública para empreendimentos que utilizem a incineração de resíduos sólidos urbanos oriundos da coleta convencional.
  Fonte: Site camara municipal São Leopoldo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

1 Mês de coleta Seletiva em São Leopoldo.

A operação da coleta seletiva pelas cooperativas de catadores completou um mês no dia 1º de agosto. A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e os cooperados comemoram o aumento no material coletado e chamam a atenção para a separação correta dos resíduos.
"Encontramos lixo orgânico misturado e que acabam contaminando o resíduo reciclável. Já encontramos até cachorro morto", destacou o presidente da Cooperativa Loteamento Santo Antônio, Antônio Carlos da Silva.
A Secretaria de Serviços Públicos orienta que apenas papéis, papelões, plásticos, metais, vidros e isopor podem ser destinados para a coleta seletiva. Uma recomendação é de que as pessoas mantenham os materiais limpos. Em relação aos vidros é necessário que sejam embrulhados em papel ou papelão e identificá-los.
O óleo de cozinha e o isopor também são coletados. O óleo deve se depositado em um recipiente descartável sem vazamento, como em garrafa PET, e entregue separadamente dos demais recicláveis para o caminhão da coleta.
"Frisamos a importância do envolvimento da comunidade. As residências são as principais fontes geradoras e destinando o material separado adequadamente contribuem para sucesso do trabalho com maior geração de renda para as cooperativas. A parceria com a comunidade, Prefeitura e cooperativas assegura o retorno ambiental, econômico e social para o município", salientou o titular da Sesp, Charles Pierre.
Antônio Silva também ressalta que as cooperativas e a Prefeitura estão trabalhando para estimular a participação.
 "Quanto mais as pessoas colaborarem maior será a contribuição, assim podemos planejar investimentos em equipamentos para agregar valor ao material e aumentar a quantidade de cooperados", ressaltou Silva.
Para o presidente da cooperativa Mãos Dadas Gilmar Schlusen e a coordenadora Claudia de Melo, a parceria com a prefeitura mudou a rotina e o trabalho tem tido uma boa receptividade pelos moradores. "Chegamos a ficar sem ter o que fazer e hoje vemos a diferença com o galpão lotado de materiais", contou Schlusen.
A autônoma Neusa da Silva, moradora do bairro Rio dos Sinos está colaborando com a coleta seletiva: "estamos ajudando os trabalhadores das cooperativas e suas famílias e também auxiliamos a manter nossa cidade limpa", afirmou.
A coleta seletiva ocorre semanalmente em todos os bairros da cidade e diariamente no Centro e Fião, a partir das 8 horas da manhã. A coleta é realizada pelos próprios trabalhadores das sete cooperativas conveniadas com a prefeitura- Univale, Uniciclar, Cooperfeitoria, Nova Conquista, Aturói Vitória, Loteamento Santo Antônio e Mãos Dadas, que usam uniformes e estão identificados.
Os condomínios que ainda não estão realizando a entrega dos resíduos para a coleta seletiva podem entrar em contato com a Sesp, assim como para tirar dúvidas, sugestões ou reclamações. Os canais são o telefone (51) 3526-5404 e o e-mail: coletaseletiva@saoleopoldo.rs.gov.br .
Confira a programação e participe:
De segunda a sábado: Centro - Fião
Segunda-feira: Campestre/Orpheu - Cristo Rei - Duque de Caxias - Morro do Espelho - Jardim das Acácias - Jardim Cora - Feitoria Seller - Padre Reus - São João Batista - Vila Nova - Vila Otacília
Terça-feira: Boa Vista - Bom Fim - Jardim Luciana - Parque Itapema - Arroio da Manteiga - Parque Mauá - Santa Marta - Santa Ana - Santa Helena - Santos Dumont - Tancredo Neves - Vila Brás - Vila Brasília - Vila Baum - Vila Berguer - Vila Elza - Vila Progresso
Quarta-feira: Barreira - Cohab Duque - Cohab Feitoria - Fazenda São Borja - Monte Blanco - Rio Branco - Santa Tereza - Santo André - Vila Born - Uirapuru (até Av. Integração)
Quinta-feira: Campina - Jardim América - Jardim Fênix - São Miguel - Vicentina - Vila Paim
Sexta-feira: Imigrante - Independência - Jardim Viaduto - Madezatti - Pinheiro - Rio dos Sinos - São Geraldo - São José - Scharlau - Vila dos Tocos - Vila Glória
A coleta seletiva integra o programa São Leopoldo, Cidade Sustentável do governo municipal que reúne ações de várias secretarias voltadas para a sustentabilidade, reciclagem, educação ambiental, coleta de lixo e limpeza urbana.
Fonte: Site Prefeitura São Leopoldo.