terça-feira, 23 de setembro de 2014

NOTA PÚBLICA MNCR NACIONAL.

São Paulo, 01 de setembro de 2014
 
O MOVIMENTO NACIONAL DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS – MNCR, por meio da sua Comissão Nacional, informa a quem possa interessar que, a partir desse momento, está rompendo integralmente as relações anteriormente estabelecidas com a BVRIO, em razão dos seguintes fatos:
  • 1. O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis – MNCR tem mais de 13 anos de organização e luta em defesa da garantia e da ampliação dos direitos dos catadores e catadoras de materiais recicláveis;
  • 2. Nesse período, o MNCR obteve muitas vitórias, tais como o reconhecimento da atividade de catador de material reciclável como profissão, a criação de políticas públicas voltadas a atender as necessidades da categoria e a aprovação de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos que incorpora os catadores e catadores como partícipes, sujeitos ativos e protagonistas na sua implementação;
  • 3. É de conhecimento de todos os esforços que vem sendo envidados pelo MNCR no sentido de garantir que a implementação efetiva da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no que diz respeito a participação dos catadores, mantenha seu espirito inicial que garanta, da melhor forma possível, a participação da categoria na sua implementação;
  • 4. Desde o início dessa discussão, o MNCR tem manifestado que vê com bons olhos a criação de sistemas complementares para implantação da logística reversa, desde que estes garantam a participação efetiva dos catadores e catadoras de materiais recicláveis;
  • 5. Uma das propostas complementares surgidas no âmbito da discussão de implementação da logística reversa foi a criação de um mercado de créditos de logística reversa, que servisse como forma de remunerar as cooperativas e associações de catadores pelo serviço prestado às grandes geradoras de resíduos sólidos, obrigadas a operar a logística reversa dos produtos que colocam no mercado;
  • 6. Não é muito dizer que a criação desse mercado de créditos de logística reversa foi motivado pela ideia do MNCR que tratou de estabelecer parceria com a BVRIO, uma ONG sediada na cidade do Rio de Janeiro, que divulgava no seu currículo experiências já realizadas no mercado de ativos ambientais;
  • 7. Ao longo do último ano o MNCR não poupou esforços para fazer valer o acordado com a BVRIO, inclusive dando suporte para a divulgação do sistema em seu nome. Mas, infelizmente, a parceria não prosperou da forma como o MNCR esperava e, aos poucos, a proposta foi cada vez mais se distanciando dos interesses dos catadores de materiais recicláveis;
  • 8. É fundamental que se esclareça que a BVRio, muito embora seja uma ONG, por meio de seus sócios, criou a BVTrade, que é a empresa que assumiu a responsabilidade efetiva pela gestão da plataforma de pagamento dos créditos, com o objetivo único de lucrar com a operação;
  • 9. Com isso, em que pese a proposta inicial, que parecia atender às expectativas, anseios e ideologia do MNCR, as iniciativas tomadas pela BVRIO, a revelia do MNCR, acabaram por tornar inviável a continuidade da parceria entre MNCR e esta ONG, quiçá esta empresa;
  • 10. A nosso ver, a BVRIO transformou a proposta inicial em um negócio particular, que reproduz uma ideia de concorrência entre as cooperativas e associações e que não contribui para fortalecer a organização coletiva dos catadores de materiais recicláveis, o que é condição primordial para que se avance na organização e na melhora das condições de vida e de trabalho da categoria;
  • 11. Nesse momento o MNCR está dedicado a contribuir para aprovação de um acordo setorial do setor de embalagens que seja representativo dos interesses dos catadores e catadoras de materiais recicláveis e, se em algum momento, entender necessário avançar na comercialização de créditos de logística reversa, realizará isso garantindo a participação efetiva dos catadores e catadoras de materiais recicláveis.
Por último, aproveitamos esta Nota Pública para informar que, a partir desse momento, devido o fato da BVRio e BVTrade estarem atuando contra o MNCR, em desacordo com toda discussão realizada previamente à celebração do acordo, ficam estas, a BVRIO e BVTrade, terminantemente proibidas de falar, agir, divulgar documentos, informações e dados em nome do MNCR, bem como, de usar a imagem do MNCR em fotos e vídeos, sob pena de responsabilização civil e criminal.
Baixe o documento para impressão
logo-MNCR-pq.gif
Comissão Nacional do MNCR
Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR
www.mncr.org.br
facebook.com/catadores | twitter.com/catadoresmncr
Telefone: 11+3399-3475

domingo, 21 de setembro de 2014

Novos investimentos na melhoria e qualificação dos catadores.

A cooperativa de trabalho dos catadores uniciclar, inova mais uma vez.
Pensando sempre no compromisso com o Meio Ambiente, e no seu trabalho, a Cooperativa, acaba de fechar parceria nesta semana (18/09/14), com dois profissionais capacitados a oferecer formação e assistência profissional, técnica  aos 18 catadores que trabalham na coleta, separação e comercialização dos Resíduos Sólidos, oriundos da coleta seletiva.
No ultimo dia 18 de Setembro, a equipe administrativa esteve reunido com o Engenheiro Ambiental da SGbio, para tratar de assuntos relacionado diagnóstico, manejo, tratamento e controle de problemas ambientais urbanos, ao que se refere a todo o processo de coleta, triagem e destinação corretamente dos resíduos não recicláveis.
A preocupação com o meio ambiente, com os recursos naturais e a vida no planeta está em um nível bastante elevado. Muito se tem feito a fim de preservar a natureza, mas, mesmo com todas as tentativas, preocupar-se com esses temas é inevitável.
A SGBIO tem como foco atuar em empresas e corporações para torná-las mais rentáveis, socialmente justas e compromissadas com a preservação ambiental.
A partir de um atendimento dinâmico e personalizado a equipe da SGBIO auxilia no desenvolvimento de estratégias, modelos e sistemas de gestão, treinamentos, palestras e ações de conscientização visando alinhar os clientes dentro dos princípios do Desenvolvimento Sustentável.
Ao mesmo tempo que a cooperativa fecha parceria com a SGbio, a administração da UNICICLAR , também faz a contratação de um Técnico de Segurança e Medicina do Trabalho.
- Pensando sempre na qualidade e na segurança dos catadores, queremos  estar dentro de todas as normativas legais. Declara Fabio Limas (31) Diretor financeiro da cooperativa.
- O Técnico de Segurança, ira nos orientar a partir de agora, qual a forma adequada para trabalhar, como usar corretamente um Epi, fará o mapeamento de risco da cooperativa, nos dará suporte, para que possamos trabalhar mais tranquilos e com segurança.
Para o Presidente da Uniciclar Pedro Cezar Dutra (34).
- Antigamente a preocupação das Cooperativa era somente com o trabalho, com o crescimento em um curto espaço de tempo, etc. Isso refletia em um descaso com o ambiente e no uso abusivo de recursos naturais, sejam eles renováveis ou não. Como os efeitos de uma devastação aparecem em um grande espaço de tempo, a preocupação com o meio ambiente ficava em segundo plano, não entrando na lista de prioridades dos catadores.
- Um tempo depois, por volta do ano de 1970, as pessoas começaram a sentir necessidade de preservar o planeta. Os efeitos que não eram sentidos anteriormente começaram a aparecer e, com isso, surgiu a necessidade de fazer a reciclagem  que direcionasse a atenção para a preservação do meio ambiente como um todo, além de leis que auxiliassem nesta proteção da natureza. 
- O trabalho desenvolvido pelos (as) catadores (as), coletando entre 10% e 20% dos resíduos sólidos urbanos, apresenta um caráter de grande relevância social e ambiental. Eles participam da realização de um serviço público cuja responsabilidade é constitucionalmente do governo local. Entretanto, esses trabalhadores não têm merecido a devida atenção por parte dos poderes públicos e da sociedade. Ao contrário, muitas vezes, são confundidos com mendigos e vadios, merecedores de repressão e desprezo. É dessas relações sociais concretas e contraditórias que são construídas as identidades dos sujeitos, homens e mulheres, de várias faixas etárias, inclusive jovens e crianças, hoje denominados de catadores e catadoras de material reciclável, que vivem relações de exclusão e que são por eles mesmos assimilados e assumidos e, portanto, manifestam pouca noção sobre seus direitos de cidadania e de como lutar por eles.
Com isso a Uniciclar é a primeira Cooperativa de catadores no Brasil a ter uma equipe de técnico de segurança do trabalho e Engenheiro Ambiental para trabalharem juntos para uma melhor qualidade, reaproveitamento e ecologicamente correto, aos materiais coletados, triados e comercializados.
Fonte: Departamento Comunicação Uniciclar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

José Mujica visita cooperativa de catadores em Novo Hamburgo e fala em valorizar as pessoas e não o capital.

NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL, 10.09.14:: Visita na Cadeia Solidária Binacional do Pet do Presidente do Uruguai, Pepe Mujica. Foto: Gustavo Gargioni/Especial Palácio Piratini
Presidente uruguaio esteve no local em que está sendo instalada a Cadeia Solidária do PET .
O presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, chegou na manhã  quarta-feira (10) ao Rio Grande do Sul e sua primeira agenda foi uma visita a COOPETSINOS, cooperativa de catadores do município de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. No local está sendo instalada a primeira experiência da Cadeia Binacional Solidária do PET, que atualmente já envolve cerca de 20 cooperativas gaúchas e  500 trabalhadores, beneficiando cerca de 2 mil pessoas de forma indireta.
Após a apresentação de um coral formado por catadores da região, Mujica falou aos trabalhadores e ao público que estava no local, acompanhado do governador do Estado, Tarso Genro. “Estamos em uma luta diária ao tentar desenvolver um novo tipo de economia, uma economia integrada através do trabalho e da solidariedade, e não apenas pelo capital. Até hoje tínhamos várias ideias que nunca se encontravam, e esta iniciativa que estamos montando convive com o grande capitalismo, mas ao mesmo tempo comprova que os trabalhadores unidos podem criar um mundo melhor para todos”, discursou o presidente do país vizinho.
Mais renda para os trabalhadores
Os trabalhadores gaúchos ligados ao setor de reciclagem já começam a se beneficiar deste novo modelo: se antes o fardo de garrafas PET era comercializado por R$ 0,50, hoje, com a autonomia dos cooperados, o ganho saltou para R$ 2, agregando valor ao trabalho e dando mais dignidade aos catadores. “Antes trabalhávamos no meio da sujeira, em lixões. Hoje temos respeito e conseguimos tirar daqui uma renda digna para nossas famílias. Mantenho meus filhos com o meu trabalho”, orgulha-se Juliana Fraga da Silva, moradora do bairro Mato Grande, em Canoas, mãe de três filhos e cooperada há cinco anos.
A dirigente da Comissão de Gênero da Federação das Cooperativas de Produção do Uruguai, Nancy Gonçalves, falou da luta para que a emancipação dos recicladores seja possível. “São muitos anos de luta, e este momento aqui hoje nos dá a certeza de que tudo valeu a pena. Nosso trabalho traz a bandeira da sustentabilidade, pois ajuda o meio ambiente e cria renda e dignidade para as pessoas”. Este aumento da renda foi lembrado pelo prefeito de Novo Hamburgo, Luis Lauermann. “Estes trabalhadores que antes viviam quase como escravos, com renda inferior a R$ 300, hoje conseguem ganhar mais de R$ 1,2 mil mensais apenas com a reciclagem”, lembrou.
União e parceria
Lançada há três anos pelos governos gaúcho e uruguaio, a Cadeia Binacional Solidária do PET tem por objetivo consolidar toda a produção no setor de reciclagem das garrafas plásticas, entre empreendimentos do Rio Grande do Sul, do Uruguai e de Minas Gerais. A iniciativa é desenvolvida pela Secretaria de Economia Solidária (Sesampe), secretarias de Meio Ambiente dos três estados da Região Sul, Governo do Uruguai e cooperativas do setor. O objetivo dos polos é ampliar a renda e qualidade de vida dos catadores envolvidos no processo de transformação do PET em flake (pequenos flocos), depois em fibra e, por último, em tecido e artesanato. Primeiro, as garrafas PET são coletadas, recicladas e prensadas pelas cooperativas e associações de catadores. Depois elas são transformadas em flake, em cinco polos nas regiões de maior concentração do material e de organizações de catadores.
Até o momento, quatro cidades já contam com a iniciativa: Jaguarão, na fronteira, Novo Hamburgo, Santa Cruz e Passo Fundo. Na terceira etapa, o fake é enviado para a cidade de San José, no Uruguai, onde é transformado em fibra sintética. Em seguida, a fibra vai para Pará de Minas, em Minas Gerais, onde acontece o processo de fracionamento, tecelagem e transformação da fibra e tecido. Grandes empresas, como a Fiat, instalada em Minas Gerais, já demonstraram interesse no projeto para utilizar o tecido de PET em sua linha de produção automotiva.
Para o governador Tarso Genro, estamos vivendo, a partir deste empreendimento, um novo momento de integração política, social e econômica entre os países latino-americanos. “É uma honra receber aqui em nosso país e em nosso Estado o presidente Mujica. Ele tem essa visão diferenciada sobre a integração entre os países que nós também acreditamos, que deve se dar a partir das pessoas e da solidariedade. Muitos falam em destruir o Mercosul, mas temos é que fortalecê-lo a partir de experiências como esta”. Tarso ainda complementou: “Essa é a verdadeira integração, com todos obtendo ganhos e agindo de igual para igual, com dignidade, e não com alguém impondo suas vontades e seus interesses”.
Meio ambiente
No Brasil, cerca de 4,7 milhões de garrafas são descartadas mensalmente na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Por ano, este número chega a algo em torno de 9 bilhões de garrafas produzidas e sem destinação pós uso. Estima-se que mais de um milhão de pessoas trabalhem como catadores no país.
O projeto da Sesampe é retirar, a cada mês, mil toneladas de embalagens PET do ambiente, usando-as como um negócio de sucesso para pequenos empreendedores. Para 2015, três novos polos devem começar a operar, um em Canoas e outro em São Borja, através de recursos do Governo do Estado, e outro em Alegrete, que será construído e operacionalizado com recursos .
MNCR
Na visita do presidente Uruguaio ao RS, foi entregue para ambos o governador do estado Tarso Genro e o Presidente Mujica, uma carta elaborada pelo MNCR e COOPETSINOS , para que ambos revejam a politica da boa vizinhança, e não incinerem os residuos reciclavéis, já que são fonte de renda de milhares de catadores, Tendo em consideração a experiência adquirida através de longo processo de luta contra a instalação de incineradores no país.
Considerando que a coleta, separação, transformação e venda de materiais recicláveis por catadores organizados em cooperativas ou associações significa geração de renda e oportunidades para o desenvolvimento humano, além de ser uma contribuição indispensável para o meio ambiente por recuperar recursos naturais.
Fonte: Dep. Comunicação Uniciclar.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

UNICICLAR AMPLIA INVESTIMENTOS EM SUA SEDE DE TRIAGEM.


A Cooperativa de Trabalho Dos Catadores Uniciclar amplia e faz novos investimentos no Galpão de Triagem , localizada na Vila Paim, bairro São Miguel em São Leopoldo. No dia 1° de Julho de 2014, a cooperativa assumiu juntamente com outras 6 cooperativas e associações de catadores a Coleta Seletiva Compartilhada, antes feita Por uma empresa privada.
Há 75 dias a frente da coleta seletiva, a Cooperativa de Trabalho dos Catadores Uniciclar, já vem colhendo bons frutos com o novo processo  de coleta dos resíduos secos Recicláveis no Município, feito pelos próprios catadores. Além de aumentar a quantidade coletada em 40%, em relação a antiga coleta seletiva, a Uniciclar esta conseguindo ter um aumento bastante significativo na renda de seus cooperados e novos investimentos em infraestrutura física.
- Embora ainda tendo muito o que fazer, e muitos outros investimentos, estamos contentes com o que estamos fazendo, dentro das nossas possibilidades.
- Hoje somos padrão FIFA em prestação de serviços na área de residuos sólidos, depois do otimo trabalho feito durante a Copa Do Mundo FIFA 2014, Prestado nos jogos que aconteceram em Porto Alegre, No Estadio Beira Rio, juntamente Com a REDE CATAPOA, o qual fizemos parte. Isso serviu também para acumulo de novas experiências, e nos profissionalizar mais no que fazemos, Declarou Pedro Cezar Dutra (34), Presidente da cooperativa.
O local oferece atualmente 18 postos de trabalho, beneficiando os catadores da cooperativa Uniciclar. As vagas deverão ser ampliadas futuramente para atender outras organizações.
Emprego e cidadania
Pedro Cezar afirmou que os catadores estão mudando o perfil da cidade. “Através da coleta seletiva, os trabalhadores estão recuperando a auto-estima, contribuindo com o meio ambiente, ganhando melhores condições de trabalho e o respeito da população”, frisou.
Segundo  Pedro, a Coleta Seletiva Compartilhada promove a inclusão social e a reciclagem Popular, pois  geram muitos postos de trabalho direto com as 7 cooperativas e associações de triagem.Com a coleta seletiva, o município prolonga a vida útil do aterro e economiza, reduzindo a quantidade de resíduos no local.
O diretor finaceiro da cooperativa Uniciclar, Fabio Rodrigo G. Limas, destacou que a coleta seltiva resgatou a cidadania dos trabalhadores, hoje reconhecido mundialmente, e nacionalmente o Catador como profissão.
Investimentos
Com o novo processo já foram investido mais de R$ 15.000,00 em novas infra etruturas, na reforma dos banheiros,Novo escritório, cozinha, nova mesa de triagem, Box de Armazenamento de residuos e na nova instalação elétrica, que estava em precárias condições desde 2011, quando um incêndio consumiu toda as dependências interna da cooperativa.
Todo o investimento feito foi com recursos próprios, além da Instalação elétrica, feita numa parceria entre SESP (Secretaria de Serviços Públicos), e Uniciclar.
O Secretario da SESP, Charles Pierre, esta sendo um grande parceiro, e esta cumprindo uma demanda levada a ele a meses atrás, quando solicitado a manutenção das precárias condições da rede eletrica provisória que existia no local.
Pedro relata que Charles Pierre, sempre esteve a disposição para o dialágo, com e os catadores, que fortalece mais a relação entre secretaria e a categoria.
Investimentos Futuros
A Uniciclar tem como meta futura, novos investimentos, em infra estrurura, formação dos catadores, em auto gestão e qualificação do material triado e benificiamento.
Fonte: Departamento Comunicação Uniciclar.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Diga não a incineração do lixo!


Quando abordo a questão da incineração, não posso deixar de traçar um paralelo com a narrativa de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, onde a incineração dos livros depauperava a sociedade e destruía a memória, elemento fundamental para melhores decisões. Talvez o ponto mais notório seja a alienação e esvaziamento da sociedade, como parte da dinâmica de manutenção do poder totalitário.

Aqui nos trópicos, as formas de totalitarismo se expressam de variadas formas. Por exemplo, com a falta de discussão sobre a matriz energética. Essa lacuna levou à introdução das termelétricas movidas a gás no país, onde o setor privado acabou por assumir sem legitimidade o papel do governo, que não planeja ambientalmente para garantir qualidade e segurança no desenvolvimento e manutenção das atividades econômicas. O setor energético é vital para o país e seu mau planejamento pode levar regiões ao caos, como ocorreu no estado americano da Califórnia.

Com o aumento das privatizações, os empreendedores passaram a escolher os locais para empreendimentos apenas pela ótica economicista. As dimensões das termelétricas visam retorno dos investimentos, num pay-off de curto prazo. Um dos principais aspectos da escolha das dimensões e da localização é o logístico-econômico. O alvo é a instalação de mega-projetos de alto consumo em áreas já conurbadas e industrializadas, que representam demanda energética garantida. Essa estratégia meramente econômica tem aumentado os riscos para populações que já estão mergulhadas em níveis inaceitáveis de poluição atmosférica.

Do ponto de vista ambiental, essa forma de decisão, sem critérios ou embasamento técnico-científico, vem transformando possíveis aspectos positivos, que ocorrem com a substituição da queima do óleo combustível por gás, em verdadeiro desastre anunciado. Em vez de melhorar, agravarão ainda mais as condições atmosféricas desfavoráveis à vida humana, animal e vegetal. Isso porque a substituição é realizada conjuntamente com ambicioso aumento de capacidade de geração.
Mesmo trocando emissões mais sujas por outras menos agressivas, o aumento de queima “limpa” representa uma troca de seis por meia dúzia.  Assim, só ganhou o empreendedor, enquanto a sociedade ficou com a dura conta dos impactos ambientais, exemplo: termelétrica de Cubatão.  

Vejamos: se por um lado a livre iniciativa é garantida pela Constituição Brasileira, este arbítrio não pode sobrepor-se à  qualidade ambiental. Setores produtivos mais progressistas têm buscado adequação de projetos às normas ambientais e um modo mais civilizado de produção, compatível com a proteção à saúde pública, em sintonia com princípios constitucionais e tratados internacionais voltados à qualidade ambiental no planeta. Mas também continuamos a assistir o mau exemplo da vilania ambiental!  A diferença é que nos dias de hoje há uma apropriação do discurso ambientalista e “usinas verdes” e outras formas de lavagem verde são frequentemente utilizadas, como peça de ficção e jogadas vilãs de marketing sem ética.

Nos porões do inconsciente coletivo, estamos enfrentando velhos mitos, em especial o de Midas. O ritmo econômico sobrepõe-se sobre ao ritmo biológico, natural. Sem regras neste jogo, ganham os poderosos, ganha a lógica da concentração de poder e riqueza a qualquer custo social. E quem deveria colocar as claras regras do jogo? Sem dúvida o poder público! Sua omissão cria fragilidades enormes por falta de planejamento, sem meios estruturais e preventivos para a poluição. Há falta de sintonia entre ciência, controle e monitoramento ambiental e ações preventivas para a proteção da saúde humana e ambiental, resultando em maior vulnerabilidade para comunidades paulistas que vivem em regiões tais como: metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba e Vale do Paraíba. Essas áreas estão poluídas por várias substâncias como, por exemplo, O³ (ozônio troposférico), que pode provocar danos à saúde quando for ultrapassado o padrão de 100mg/m³ (padrão da OMS). As emissões de NOx(óxidos de nitrogênio), além de hidrocarbonetos, em reação secundária na atmosfera provocam a formação de Ozona, oxidante fotoquímico enérgico que causa problemas respiratórios, envelhecimento de materiais, além de ser fitotóxico.

Nessas regiões, considera-se oficialmente, como limite de referência, um valor bem maior que o da OMS: o de 160 mg/m³, padrão adotado pela CETESB. Este patamar vem sendo ultrapassado anualmente em dezenas de vezes, o que caracteriza várias regiões saturadas pelo estado, onde não é permitido, de acordo com o artigo 42 do Decreto Lei 8468/76 da Lei 997/76, a instalação de novos empreendimentos que possam vir a agravar ainda mais a situação.

Termelétricas são máquinas poluidoras, na medida em que lançam na atmosfera toneladas de NOx, hidrocarbonetos metânicos e não-metânicos, além do vilão do aquecimento global, o CO² (monóxido de carbono). Como via de escape e adequação, procede-se com frequência à prática de troca de emissões, condicionando novos empreendimentos à melhores sistemas de controle e tecnologia, que proporcionem redução da poluição, mas que será automáticamente preenchida pelo novo contribuinte licenciado na bacia atmosférica. Seis por meia dúzia, com algumas condicionantes sofríveis, como por exemplo de um ganho final no sequestro de poluentes da ordem de dez por cento. Isso representa um grande negócio para empreendedores que buscam alternativas de logística econômica privilegiada. Mas perguntamos: se isso foi possível, porque a redução não foi realizada anteriormente, para despressurizar a população dos efeitos nefastos da poluição? Certamente os ganhos seriam da ordem de dezenas por cento a mais!

Atualmente, surgem novos atores. Juntam-se ao cenário de áreas saturadas propostas de incineradores, que prometem uma formula mágica para a resolução das montanhas de resíduos produzidos pela sociedade contemporânea. Sem audiências públicas, sem discussão com a academia, setores do governo estadual anunciaram este ano que a tecnologia da incineração deverá ser a alternativa preferencial para a destinação de resíduos sólidos. Assim, mais uma vez, a sociedade se vê atropelada e instada a reagir para proteger-se de iniciativas poluentes, desta vez, patrocinada pelo próprio governo estadual.

Os incineradores têm sido uma verdadeira armadilha para a sociedade contemporânea. Seu histórico é brutal. É preciso ressaltar os clássicos casos de emissão de particulados, dioxinas, furanos e metais pesados, bem como a falta de estudos sobre as condições de nossas bacias atmosféricas relacionadas a estes poluentes. Os efeitos adversos dessas substâncias, que  incluem câncer, estão registrados em toneladas de documentos de inquestionáveis fontes científicas, a ponto de banimento por tratados internacionais – vide os poluentes orgânico-persistentes e os “doze sujos” da Conferência de Estocolmo. Essas “usinas verdes”, como gostam de ser chamadas, geram cinzas tóxicas que precisam ser dispostas em aterros para resíduos perigosos; efluentes contaminados que precisam ser tratados; filtros contaminados que serão nada menos que resíduos perigosos Classe I, que também costumam ser incinerados na própria planta. Há quem defenda a inertização das cinzas em materiais agregados, o que nada mais fará do que postergar o aspergir do veneno, na medida do desgaste temporal de produtos como lajotas, asfalto, etc.

Nas áreas saturadas por poluição atmosférica preocupa-me, sobretudo, o coquetel químico difuso de tantas fontes diferentes, que combinadas em efeito cumulativo e sinérgico representam elemento devastador para a saúde humana e ambiental. O mais preocupante é que não há indicadores, nem caso-controle nas regiões citadas, que dêem conta da difícil e complexa tarefa de avaliação. É preciso reconhecer que trabalhamos apenas com a ponta do iceberg, enquanto a ameaça difusa é invisível e seus efeitos sobrevêm, ao longo do tempo, como doenças e males diversos, sem possibilidades de mensuração. Essa ameaça, invisível aos olhos e principalmente para os indicadores de saúde e ambiental hoje utilizados, é muito diferente dos episódios críticos que levam a internações e até mesmo à morbidade, onde se identificam todas as digitais do nexo causal.

Ressalto ainda os avanços científicos que apontam para os danos à saúde causados por material particulado, inclusive as partículas ultrafinas, contra as quais são ineficientes os sistemas de controle ambiental, assim como nossos mecanismos pulmonares de filtragem, permitindo que estas substâncias atinjam diretamente a corrente sanguínea.

Estamos continuamente diante de má escolha, tanto de tecnologia como de locais inapropriados. Isso faz com que o processo de licenciamento torne-se inócuo. Sem adequada justificativa da obra e sua melhor alternativa locacional, inviabilizam-se os basilares requisitos do bom licenciamento que devem estar obrigatoriamente contidos nos estudos de impacto ambiental.

As regiões com adensamento populacional e concentração de atividades humanas, que contribuem para a poluição atmosférica em função de alto índice de emissões pelo setor industrial e pelo tráfego, são coincidentemente as regiões com maior problema de destinação final de resíduos sólidos. Assim, de forma assemelhada às alternativas locacionais para as termelétricas, as oportunidades do mercado para incineradores de lixo acabam recaindo sobre locais inadequados. Em função de mais emissões atmosféricas, torna-se prática inaceitável, pois fere mandamentos constitucionais para a manutenção do meio ambiente equilibrado e a sadia qualidade de vida. 

Quais são as nossas salvaguardas? Infelizmente não são das melhores. Vamos refletir um pouco sobre o sistema de licenciamento. O órgão maior do sistema ambiental paulista é o Conselho Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (Consema). Ao longo do tempo, para agilizar processos de licenciamento, tornou-se mais e mais um apêndice burocrático do sistema de Meio Ambiente. Nos últimos dez anos, apresentou perda de instrumentos democráticos, como a possibilidade de elaboração participativa de plano de trabalho para a construção dos EIA-RIMA – Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente. Até dois anos atrás, ainda era possível que os segmentos da sociedade representados no Consema pudessem contribuir apontando quesitos e metodologia a serem utilizados na avaliação de impacto ambiental – inclusive solicitar nesta primeira fase audiências públicas, já que a percepção das comunidades é essencial na avaliação dos processos de licenciamento ambiental. Isso poderia interferir – e interferiu fortemente, nas alternativas locacionais que eram apresentadas nos planos de trabalho. Hoje, essa fase do licenciamento tornou-se uma negociação de balcão entre empreendedor e governo e só ocorre discussão pública com o EIA-RIMA pronto – quando é então apresentado à sociedade. Como receita de bolo pronta, neste caso dos incineradores será o governo propondo, protocolando, licenciando e gerindo o processo.

Sem isonomia, sem mecanismos democráticos de controle social, os argumentos contidos no EIA-RIMA, que é contratado e pago pelo empreendedor, fluem sem nenhuma resistência. Nas audiências públicas, de todas as intervenções e propostas colocadas pela sociedade, inclusive da academia, ONGs, comunidades atingidas, Ministério Público, etc., apenas restará contemplado o que entender pertinente o órgão licenciador. Posteriormente, o processo se reveste de tímidas medidas compensatórias, como benefícios de equipamentos públicos às prefeituras, etc. (caso do Rodoanel).

Uma vez pronto o parecer da CETESB, que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento, tudo é encaminhado ao Consema, que delibera após uma semana de prazo de convocação, tempo insuficiente para avaliação dos calhamaços de documentos. Além disso, nesta etapa final, deve-se considerar que o Consema possui maioria governamental, geralmente associado aos setores economicistas, que tem aprovado projetos com fortes impactos ambientais apenas contra os votos de ONGs e do Ministério Público - com um ou outro voto contribuinte, isolado, por vezes de universidades ou com adesão de mais um ou dois segmentos preocupados com a decisão pró-sociedade e pró-sustentabilidade. Conselhos ambientais também têm suas lavagens verdes e então há sempre o folclore da transparência, artifício amplamente utilizado como cortina de fumaça para a legitimação, que é sugerir a criação de uma comissão de acompanhamento... Ah, sim, estava me esquecendo do monitoramento online... Sempre é proposto, assim como as comissões de acompanhamento, dada à importância de se monitorar o tiro no pé - para todos observarem, online, se haverá gangrena...

Se uso de mordacidade excessiva, perdoem-me, mas este tipo de circo armado é preciso desmistificar. Com pessoas mais experientes aprendi a observar aquilo que já estava decidido, o grau de intencionalidade que passa por encenações, as cartas marcadas, as respostas ensaiadas, o faz-de-conta, a luta-livre marmelada, e por aí vai...

Há ainda muitas outras fragilidades no licenciamento ambiental: como os modelos de EIA-RIMA que não dão conta de dimensionar o que tem valor, mas não tem preço, da vulnerabilidade social, dos laços culturais-comunitários, de nossa realidade biofísica e bioquímica tropical, rica e frágil, questões estas também desconsideradas nas salvaguardas dos agentes financiadores multilaterais. Depois de demandas e grita geral, ao final, resume-se, tanto nos tribunais como nas auditorias promovidas por agentes financiadores: o projeto foi devidamente licenciado pelo órgão ambiental. O Consema aprovou!

Há ameaças à vista e poucas salvaguardas para a boa qualidade ambiental do Estado de São Paulo. A onda de usinas termelétricas foi rechaçada na virada do século, há dez anos, em função da perspectiva de agravar o quadro de poluição. O objetivo era dar vazão à oferta do gasoduto Brasil-Bolívia, com contrato draconiano, take-or-pay.

Estamos retrocedendo. O Brasil vai deixando para trás sua matriz limpa, a hidrelétrica, com a atual pretensão de queimar gás derivado de combustíveis fósseis (natural???) e lixo. Na questão econômica do gás, a dependência do importado, cuja garantia cambial seria um dos maiores problemas para os empreendedores, fica superada com as perspectivas dos campos submersos do pré-sal. Também abre-se a necessidade de consumo deste gás “natural”, inclusive por ser “de melhor qualidade”.

Fóssil! Na contramão da história, o Brasil está deixando de perseguir os objetivos do crescimento inteligente e de qualidade. Matrizes como a eólica, solar, marés, biomassa, além da otimização da geração hidrelétrica e do uso racional de energia, distanciam-se cada vez mais. A destinação dos resíduos sólidos aparenta sinais de retrocesso, com perspectivas de prejuízos notáveis à economia popular, à saúde e ao ambiente, provocando ainda mais o distanciamento daquilo que deveria ser um sólido e sustentável modelo de desenvolvimento. Além disso, milhões de pessoas que dependem do lixo para a subsistência, como recicladores e catadores, têm sua atividade ameaçada, em que pese seu importante papel textualmente reconhecido na Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. 

A incineração dos resíduos é vendida para a sociedade como “usina verde”, com a falácia de geração de energia, enquanto as alternativas limpas e de uso racional tem sido relegadas ao descaso, inclusive a repotencialização das usinas hidrelétricas, com substituição das turbinas por outras de maior rendimento energético. A cadeia petroquímica não é quebrada, não há avanços tecnológicos para proporcionar, na realidade, a lógica reversa que elimina o desperdício e o enterramento de materiais cuja produção consumiu alto teor de água, energia e matéria-prima. Não há sentido em obter geração de energia numa relação com menos que dez por cento dos custos ambientais do produto – uma armadilha econômica quando se projeta a incineração como destinação final!

Olhando sob o aspecto de políticas públicas, notamos que não são enfrentados os processos de uso irracional, seja de energia ou hábitos de consumo. Estamos permitindo a consolidação de uma sociedade cada vez mais alienada para os aspectos da sustentabilidade, sem percepção dos limites das alterações aceitáveis do meio ambiente, e sobretudo do consumo. Não há coragem política, diante da sociedade de consumo narcotizada pela euforia econômica de ciclo passageiro, desfrutando ansiosamente do ritmo econômico conjuntural. Neste momento de euforia, perde-se a grande oportunidade do incentivo a comportamentos mais responsáveis. Governos federal e estadual, setor produtivo e população convivem num pacto silente, uma espécie de “chegou nossa vez”.

Desfrutando de um estado de amenidades insustentáveis, o Brasil segue em ritmo econômico acelerado, retrocedendo aos primórdios dos desafios da Conferência de Estocolmo, em 1972, onde a posição brasileira era: “que venha o desenvolvimento”. Nossos incautos contemporâneos, partícipes da festança insustentável do ciclo passageiro, fazem parte de um processo cujas consequências não são menores que aniquilar recursos naturais, poluir, colocar em risco de vida comunidades inteiras, limitar a qualidade de vida dos mais vulneráveis e a possibilidade de sobrevivência das gerações vindouras.

Os petrodólares continuam a aportar, muito mais para favorecer e lucrar com a perversa dinâmica dos “sem-planejamento” do que contribuir para a erradicação da pobreza e a sustentabilidade. Observo que desperdiçamos, a cada dia que passa, uma enorme oportunidade de utilizar o afluxo de recursos econômicos para a construção de uma nação sustentável, e mesmo assim seremos os privilegiados anfitriões da Rio + 20. Muitos companheiros me tem dito que devemos nos  preparar e pautar desde já a Rio + 40. 

Parece óbvio que planejar o caos é sempre conveniente para alguns setores econômicos, como ocorre na questão dos resíduos. Quanto mais demorar a implementação de uma política de uso racional e de lógica reversa para a cadeia produtiva, maior será a dificuldade de transformação social. Para obter produção de calor e energia nos incineradores, muito material que poderia ser reciclado será incinerado - e queimar tudo permitirá manter a festança como está, principalmente para o setor produtivo. Vejamos o setor do plástico, que cada vez mais degrada seriamente o planeta. Basta olhar o que ocorre nos oceanos. Quando me pergunto sobre quem decide por essas alternativas tecnológicas, pergunto também para quem se decide, se as decisões são pró-sociedade e pró-sustentabilidade - ou apenas dirigidas a pontuais interesses setoriais.

Neste momento conjuntural, como nação e atores do processo civilizatório, é preciso fortalecer valores que nos conduzam à paz, à simplicidade voluntária, ao cultivo de valores não-degradáveis e degradadores, ao cultivo da não-obsolescência, o que não representa nenhum impeditivo para avanços científicos e tecnológicos, nem para a necessária inclusão social. Muito pelo contrário: representaria avanços imponderáveis, já que conhecimento e ética são indissociáveis e contrapõem-se aos fluxos passageiros alienantes que hoje assistimos.

Finalmente, depois de toda a trajetória humana no planeta, resta perguntar: aos olhos da história e diante do estado de emergência ambiental das alterações climáticas globais, não está mais do que na hora de darmos este salto de qualidade?

A resposta é sim! Não apenas chegou a hora, mas trata-se de obrigação constitucional do poder público, em co-responsabilidade com o conjunto da sociedade. É preciso repensar as matrizes propostas dentro da ingovernabilidade atual: tanto de energia como de resíduos, pois implicam diretamente em qualidade ambiental, e sua má condução implica em sérios riscos à saúde pública.

É preciso estabelecer um grande debate público, onde se possa questionar e repensar a equação termelétricas e incineradores aos olhos das ações a favor da sociedade e da sustentabilidade. 
Diga não a incineração do lixo! Diga sim ao fechamento dos lixões!
Assine o Baixo assinado para o fechamento dos Lixões no Brasil.