sábado, 29 de novembro de 2014

REDE CATAPOA IRA PARTICIPAR DA 5ª EXPOCATADOR.


EXPO CATADORES 2014
01 a 03 de dezembro - Anhembi/SP
É um evento de negócios, troca de experiências, disseminação de conhecimentos e tecnologias para a gestão eficiente dos resíduos sólidos.
De tudo o que é descartado diariamente, 80% poderia ser reciclado ou reutilizado das mais diversas formas. Reciclamos menos de 10% do lixo urbano, contra 40% que é reciclado na Europa e nos Estados Unidos.
A REDE CATAPOA, irá participar da 5ª EDIÇÃO DA  EXPO CATADORES que acontece nos dias 01,02 e 03 de Dezembro de 2014 em São Paulo.
Representantes da bases orgânicas do MNCR, cooperativas e associações de catadores do Rio Grande do Sul, a Rede catapoa, embarca amanhã as 12:00 com destino a São Paulo para participar do maior evento dos catadores no Brasil.
A REDE CATAPOA foi fundada em Abril de 2014, por catadores de Porto Alegre e região metropolitana, para trabalharem no maior evento do mundo, a "FIFA WORLD CUP 2014" que aconteceu no Brasil, e dai vem se destacando no gerenciamento e triagem de resíduos no estadio Beira Rio.
A EXPO CATADORES é um evento Latino Americano de negócios com exposição de palestras, oficinas e estandes (tecnologia, reciclagem, compostagem, logística reversa e tratamento de resíduos), além de sua grande importância sócio ambiental.


A nossa proposta é reunir de um lado, COMPRADORES (cooperativas, poder público e terceiro setor) e do outro, VENDEDORES (fabricantes de máquinas e equipamentos).
Nosso objetivo é divulgar o trabalho de catadores de materiais recicláveis junto a empresas e a disseminação do conhecimento e tecnologias para a gestão eficiente de resíduos sólidos ao transformar as cooperativas em verdadeira industrias da reciclagem com escoamento pelas redes em todo o País.
É um bom negócio para a cidade.
O catador tira os resíduos das ruas, reduzindo o volume dos lixões e aumentando a vida útil dos aterros.
É um bom negócio para a sociedade.
O catador chama a atenção do cidadão para o lixo que não é lixo, educando para o consumo consciente.
É um bom negócio para as empresas.
Algumas das maiores empresas brasileiras estão incluindo a reciclagem e a logística reversa nas suas práticas.

QUEM REALIZA. 

A Expo Catadores tem iniciativa/organização do MNCR/ANCAT, promoção/organização da EPS Eventos e programação INSEA.
O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) é um movimento social que há cerca de 10 anos vem organizando os catadores e catadoras de materiais recicláveis pelo Brasil afora. Buscamos a valorização de nossa categoria de catador que é um trabalhador e tem sua importância.
Contribuir para a construção de sociedades justas e sustentáveis a partir da organização social e produtiva dos catadores de materiais recicláveis e suas famílias, orientados pelos princípios que norteiam sua luta, estejam eles em lixões á céu aberto, nas ruas ou em processo de organização.
Fundada em 0 8 de outubro de 2000 e sediada na cidade de São Paulo, a ASSOCIACÃO NACIONAL DOS CARROCEIROS E CATADORES DE MATERIAIS  RECICLÁVEIS – ANCAT,  é formada por Catadores de Materiais Recicláveis e atua diretamente com os esses trabalhadores em cooperativas e associações, além dos catadores que ainda permanecem trabalhando nas ruas e em lixões a céu aberto.
A ANCAT tem como objetivo principal buscar o desenvolvimento sócio econômico para comunidades carentes, divulgação do cooperativismo e associativismo, além das ações de incentivo a reciclagem e preservação do meio ambiente.
A EPS Eventos é especializada em organização de eventos para o ambiente business-to-business em nichos específicos e eventos setoriais corporativos, se consolidou no mercado como bistrô de eventos, assessoria de associações e organizações, e integradora, customizadora de serviços – adequada as necessidades do cliente.
Há 13 anos no mercado seus eventos são caracterizados pelo alto direcionamento nos setores de atuação e elevada qualificação de visitantes, os eventos da EPS conquistam resultados pelo forte plano de marketing aliado ao atendimento personalizado, que identifica as reais necessidades dos clientes.
Em sua 5ª edição, a EXPO CATADORES em 2014 - 01 a 03 de dezembro, Anhembi, Pavilhão Oeste: 
  • Terá mais de 8.000 representantes de 26 estados brasileiros e 14 países.
  • O evento tem a participação de 3.000 lideres de cooperativas e coloca a importância do Catador na economia do país.
  • Mais de 75 marcas presentes
  • Presença confirmada do Governo Federal, Estadual e Municipal.

COMO CHEGAR.
 
Anhembi Parque - Pavilhão Oeste - Portão Principal 1
Av. Olavo Fontoura, 1200, Santana, CEP 02049-000 São Paulo - Brasil



Como chegar ao ANHEMBI PARQUE
O complexo está localizado no bairro de Santana, região norte da cidade de São Paulo, e fica junto a duas das principais vias expressas de São Paulo: Marginal Tietê (acesso à Marginal Pinheiros, rodovias e zonas leste/oeste) e Av. Santos Dumont (acesso ao centro e zona sul).

METRÔ
As estações mais próximas do Anhembi Parque são:
  • Estação Portuguesa-Tietê (Linha 1 – Azul)- 1,5 km aproximadamente.
  •  Estação Palmeiras-Barra Funda (Linha 3 – Vermelha) – 5 km aproximadamente.
  • Durante as feiras mais movimentadas, há transporte gratuito da estação Portuguesa-Tietê do Metrô até o Anhembi. Procure informações com o realizador do evento antes de sair de casa.

CARRO
O Anhembi Parque possui um dos maiores estacionamentos da América do Sul. Está próximo das principais avenidas de acesso da metrópole. Se vier para um show, o carro pode ser uma boa opção, já que os ônibus deixam de circular à 1h e os metrôs à meia-noite.

Informações sobre tarifas:
http://www.anhembi.com.br/servicos/servicos-estacionamento/

O Anhembi Parque está localizado no limite da área de rodízio, ou seja, a Av. Olavo Fontoura não pertence ao centro expandido, porém, a marginal Tietê faz parte. Para mais informações, acesse cetsp.com.br

ÔNIBUS
Para quem vem de ônibus, o Anhembi está apenas a 1,5 km do Terminal Rodoviário do Tietê (interestadual/internacional), onde existe uma linha que passa pelo Anhembi (9701/10 – Hospital Cachoeirinha-Metrô Santana).

Além disso, o complexo também está próximo ao Terminal Rodoviário da Barra Funda.
  • Terminal Rodoviário do Tietê – 1,5 km aproximadament
Av. Cruzeiro do Sul, 1.800, Santana
Tel.: (11) 3235-0322, das 6h às 22h30
www.socicam.com.br
Acesso pela estação Portuguesa-Tietê do metrô (Linha 1 – Azul Norte-Sul) e ônibus.
  • Terminal Rodoviário da Barra Funda – 5 km aproximadamente
R. Mário de Andrade, 664, Barra Funda
Tel.: (11) 3235-0322, das 6h às 22h30
www.socicam.com.br
Acesso pela estação Palmeiras-Barra Funda do metrô (Linha 3 – Vermelha – Leste-Oeste), trens da CPTM e linhas de ônibus. Atende somente as regiões Sorocabana, Alta Paulista, Noroeste Paulista, Vale do Ribeira, Mato Grosso, Foz do Iguaçu e arredores.

TÁXI
É fácil encontrar táxis em São Paulo: são cerca de 33 mil veículos cadastrados. O preço a ser pago é indicado no painel em vermelho. Há quatro categorias: comum, rádio-táxi, especial e luxo. É cobrado um valor fixo da bandeirada mais um valor que varia conforme a quilometragem, dia e o horário.
Há pontos de táxi nos principais terminais de ônibus e também no Anhembi: Hotel Holliday Inn, na Rua. Prof. Milton Rodrigues e na entrada do Pavilhão de Exposições.
Para calcular valores aproximados de onde você está até o Anhmebi Parque, acesse:
www.adetax.com.br
www.taxisaopaulo.com.br

AVIÃO
O Anhembi fica próximo aos grandes aeroportos da região: está a 28 km do Aeroporto Internacional de Cumbica (Guarulhos), a 15 km do Aeroporto de Congonhas (voos domésticos, ponte aérea – RJ) e a 89 km do Aeroporto Internacional de Viracopos (Campinas).
  • Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Governador André Franco Montoro (Cumbica)
Rod. Helio Smidt, s/nº, Guarulhos (SP)
Tel.: (11) 2445-2945, www.infraero.gov.br
É o aeroporto de maior movimento da América do Sul. Fica a 25 quilômetros do centro de São Paulo.
Há ônibus especial com parada no Hotel Holiday Inn Anhembi (Airport Bus Service): 0800 2853047 ou
(11) 3775-3850; e outro: Airport Service, da EMTU Tel.: (11) 2221-0244.
  • Aeroporto Nacional de Congonhas
Av. Washington Luís s/nº, São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5090-9000, www.infraero.gov.br

05 anos de sucesso

A HISTÓRIA DA EXPO CATADORES.

A primeira edição da Expo Catadores (intitulada Reviravolta Expo Catadores) foi realizada com sucesso em 2009, no Mart Center, em São Paulo, onde superou as expectativas dos organizadores e demais parceiros, reunindo um público de aproximadamente 5.000 pessoas, sendo 1.500 catadores desse total, oriundos de todos os Estados brasileiros, América Latina e Caribe para um encontro internacional de troca de experiência e debate de políticas e ações voltadas à inclusão social dos catadores de materiais recicláveis. Ao todo, houve representantes do Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Costa Rica, Porto Rico e Peru, além da Índia.

O auditório principal do evento recebeu a presença de diversas autoridades, como o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e prefeitos, que assinaram termos de compromisso de inclusão social dos catadores de materiais recicláveis, além do lançamento de programas de capacitação. Na pauta da imprensa em todo o Brasil, o evento serviu como espaço de disseminação de conhecimentos, exposição de projetos sociais, iniciativas empresariais e tecnologias para aprimoramento da gestão da coleta seletiva solidária.

Houve ainda a apresentação de um balanço das ações do Comitê Interministerial de Inclusão Social dos Catadores de Materiais Recicláveis, do Governo Federal, com presença dos ministérios envolvidos, além de avanços e conquistas do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis através de articulações e desenvolvimento de projetos, entre os quais a constituição da Rede Latino-Americana e Caribenha de Catadores. Dentro da programação, houve a exposição da série “Lixo” do artista plástico Vik Muniz, reconhecido mundialmente, que também voltou seu trabalho para a questão social dos catadores de materiais recicláveis.

A segunda versão da Expo Catadores foi realizada em 2010, com a mesma coroação da experiência anterior, onde obteve um público de aproximadamente 5.000 pessoas, dentre as quais 2.000 catadores. Em seus debates, o evento focou ações específicas, como a prestação dos serviços de coleta e triagem feitos pelos catadores; o pagamento por serviços ambientais urbanos; a discussão da implementação de políticas públicas específicas para o catador de material reciclável; o valor da profissionalização dos catadores e a visão do negócio inclusivo solidário; a importância da inclusão social no aspecto da dignidade humana; a lógica da cadeia produtiva e a prestação de serviços de coleta e triagem de materiais recicláveis, entre outros.

A presença do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, além de ministros, marcou o evento, onde a chefe do Executivo frisou que, em seu governo, os catadores teriam a mesma política permanente de financiamento bancário que as demais profissões. “Não descansarei enquanto não conseguir dar as melhores condições para que esse processo avance e os catadores, cada vez mais, saiam do lixão, organizem cooperativas, tenham seus caminhões, suas máquinas”, disse Dilma. Na ocasião, Lula assinou o decreto de regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Embora seja um evento anual, a edição de 2011 não chegou a ser concretizada, por conta das diversas participações e movimentações dos catadores nas discussões referentes à não incineração do lixo e à lei que viria resultar na PNRS.

Outros aspectos importantes que começaram a ser discutidos em relação a Política Nacional de Resíduos sólidos (PNRS – Lei no 12.305/2010), foram:
  • A gestão dos resíduos sólidos durante a COPA DO MUNDO DE 2014;
  • Outros aspectos importantes que começaram a ser discutidos em relação a 
  • Adequação dos municípios e prefeituras a lei até o final de 2014;
  • Política de logística reversa das empresas a serem implantadas até o final de 2014.
Fonte: Deparmaneto com. Uniciclar.
Matéria:Site MNCR/Uniciclar

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Governo veta prorrogação de prazo para fim dos lixões.

                                                                                                  
Governo veta prorrogação de prazo para fim dos lixões, mas Congresso vai insistir no adiamentoCidades ganhariam mais quatro anos para adaptação


O Governo Federal vetou a prorrogação do prazo para que os municípios acabem com os lixões, transformando-os em aterros sanitários. A possibilidade estava prevista na medida provisória 651, sancionada nesta sexta-feira (14).
A proposta consistia em oferecer mais quatro anos para a adaptação. O prazo para que as cidades se adequassem à Lei de Resíduos Sólidos, promulgada em 2010, terminou em agosto deste ano, mas boa parte das prefeituras não seguiu as determinações da regra.
No entato, parlamentares e o governo negociam a inclusão de um novo artigo que trata da prorrogação deste prazo em outra medida provisória, mas com um prazo menor, de dois anos. Também há a expectativa de liberação de recursos federais para ajudar as prefeituras com os custos.
Na justificativa para o veto, o governo afirma que a prorrogação, da forma como prevista, contraria o interesse público, por adiar a consolidação de aspecto importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Além disso, a imposição de veto decorre de acordo realizado no plenário do Senado Federal com as lideranças parlamentares, que se comprometeram a apresentar alternativa para a solução da questão”, diz a Presidência.
Segundo o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o veto foi negociado com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Relações Institucionais).
Luta do MNCR
O veto da presidência à prorrogação do prazo é uma vitória para todos os catadores de materiais recicláveis que lutam pela valorização e pelo reconhecimento da classe trabalhadora. O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) vem lutando contra a prorrogação do prazo do fim dos lixões desde o começo da tramitação da medida provisória da Câmara Federal.
As lideranças do MNCR têm dialogados com parlamentares em seus Estados buscando apoio contra o adiamento do prazo da lei 12.305/2010. Recentemente os representantes Roselaine Mendes Ferreira, Marilza Lima e Carlos Alencastro Cavalcanti, membros do MNCR-PR foram recebidos pela Senadora Gleisi Hoffmann que solicitaram que se inclua no projeto a obrigatoriedade para que os prefeitos insiram os catadores de materiais recicláveis nos programas de coleta seletiva antes do fechamento dos lixões. 
Fonte: Site MNCR Setor de Comunicação — última modificação 19/11/2014 12:27

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

NOTA DE ESCLARECIMENTO!

A Cooperativa de Trabalho dos Catadores Uniciclar, Base orgânica do MNCR ( Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis), e o Comite Regional DONA GERALDA do MNCR/RS vem a público esclarecer a matéria publica no jornal VS (13/11/2014).
Todos os dados publicados na matéria de circulação do jornal na data de 13 de novembro de 2014, conforme passado pela SESP (secretaria de serviços públicos), esta de forma correta.
Porem algumas sitações do próprio jornal, onde cita os catadores como EMPREGADOS (Funcionários), esta de forma incorreta.
Pois mesmo sendo uma empresa social, a Uniciclar, não tem e jamais terá FUNCIONÁRIOS, mas sim sócios cooperados catadores.
O novo sistema de coleta seletiva em São Leopoldo, teve sim uma grande variável econômica, para a Uniciclar, inclusive com novos investimentos.
Todos os dados passados pela SESP, são confiavéis.
Porem ressaltamos que as bases de catadores não tem funcionários, apenas catadores cooperados, conforme os princípios do MNCR:

ARTIGO 1o

O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR, trabalha pela ‘auto-gestão e organização’1 dos catadores através da constituição de Bases Orgânicas, em que a ‘participação’ de todos os(as) catadores(as) que querem ajudar a construir a luta de seus direitos, seja um direito internamente garantido, mas também um dever do catador com o Base Orgânica, com um critério de democracia direta2 em que todos tem voz e voto nas decisões, conforme critérios constituídos nas bases de acordo;
1 “Auto-gestão” é a prática econômica em que os trabalhadores são os donos das ferramentas equipamentos de produção. Auto-gestão é o modo de organizar o trabalho sem patrões, tendo a decisão, o planejamento e a execução sob controle dos próprios trabalhadores.

2 “Democracia direta” é forma de decisão tomada pela participação coletiva e responsável da base. Uma decisão pode ser feita por consenso ou por maioria de votos, mas sempre deve respeitar antes de tudo a exposição das idéias e o debate.

ARTIGO 2 o

O MNCR tem na ‘ação direta popular’3 bem como em outras formas organização um princípio e método de trabalho, que rompe com a apatia, a indiferença e a acomodação de muitos companheiros(as), que parta desde a construção inicial dos galpões e sua manutenção, não esperando que caia tudo pronto do céu, e até as mobilizações nas grandes lutas contra a privatização do saneamento básico e do lixo, contribuindo para a preservação da natureza, mas também lutando pelo devido reconhecimento e valorização da profissão dos catadores  ;

3 “Ação direta” é um princípio e método que carrega o sentido do protagonismo do povo auto organizado, ou seja é o povo que deve fazer diretamente as transformações, com o exercício de suas próprias forças, união, organização e ação, sem viver esperando para que os outros façam por nós, que caia do céu como um milagre ou um presente, sem que nos esforcemos para isso; A ação direta pode ser da pessoa para o grupo, do grupo para a base, da base para o movimento, e do movimento para a sociedade;

ARTIGO 3 o

O MNCR busca garantir a ‘independência de classe’4 em relação aos partidos políticos, governos e empresários, mas também lutando pela gestão integrada dos resíduos sólidos com participação ativa dos catadores organizados, desde a execução da coleta seletiva com catadores de rua, até a triagem e o beneficiamento final dos materiais, buscando tecnologias viáveis que garanta o controle da cadeia produtiva, firmando com os poderes públicos contratos que nos garantam o repasse  financeiro pelo serviço prestado a sociedade, e cobrando das empresas privadas, produtora industrial dos resíduos o devido pagamento pela nossa contribuição na reciclagem.
4 “A independência de Classe” é o principio histórico que orienta a luta do povo na busca pela nossa verdadeira emancipação das estruturas que nos dominam; Significa que a união do povo, nossa  luta e organização, não pode ser dividida por diferenças partidárias,  nem se deixar manipular ou corromper pelas ofertar que vem das classes dominantes, governos e dos ricos;

Não significa ignorar as diferenças, sabemos que elas existem e são  saldáveis, porem estas, não podem ficar acima do movimento a ponto de dividido. O acordo com este princípio é o que pode contribuir para que não soframos manipulações futuras;

ARTIGO 4 o

No MNCR, ao contrário do individualismo e da competição, buscamos o ‘apoio mútuo’5 entre os companheiros(as) catadores(as) , e praticando no dia a dia das lutas a ‘Solidariedade de Classe’6 com os outros movimentos sociais, sindicatos e entidades brasileiras e de outros países. E desta forma ir conquistando “o direito à cidade”,  local para trabalho e moradia digna para todos, educação, saúde, alimentação, transporte e lazer, o fim dos lixões e sua transformação em aterros sanitários, más com a transferência dos catadores para galpões com estruturas dignas, com coleta seletiva que garanta a sustentação de “todas as famílias”, com creches e escolas para as crianças.

5 O “Apoio Mútuo” ou Ajuda Mútua é o principio que orienta nossa atitude para a prática que contribui para a construção da solidariedade e da cooperação, é  contrario aos princípios da  competição, do egoísmo, do individualismo e da ganância;

6 A “Solidariedade de Classe” é o principio histórico da união de todos os pobres. Sabemos que a sociedade que vivemos está dividida em classes: pobres e ricos, Opressores e oprimidos, os que mandam e os que obedecem. Nosso povo faz parte das classes Oprimidas, somo um setor dentro delas, porem existem vários outros setores de classes oprimidas pelo sistema capitalista, como: os sem terra, os sem teto, os índios, os negros e kilombolas, os trabalhadores assalariados, etc.... É importante compreendermos isso pois em nossa luta sozinhos, não venceremos, a verdadeira vitória só pode ocorrer com uma profunda transformação da sociedade, ou seja, onde não existam mais ricos ou pobres, opressores e oprimidos, mas sim liberdade e igualdade. Para construirmos essa nova sociedade temos que construir na luta  a “solidariedade com todos os setores das classes Oprimidas”.


O catador organizado, jamais será pisado!
Pela construção do Poder Popular!
Viva o MNCR !!!

São Leopoldo 13 de Novembro de 2014.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O papel dos catadores de materiais recicláveis.

Os catadores de materiais recicláveis ou podemos chamar de classificadores são grandes parceiros para a promoção da reciclagem. São trabalhadores que atuam há muitos anos, desde os tempos dos garrafeiros, com a coleta, classificação e destinação dos resíduos, permitindo o seu retorno à cadeia produtiva. O trabalho desenvolvido por eles reduz os gastos públicos com o sistema de limpeza pública, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, diminui a demanda por recursos naturais, e fomenta a cadeia produtiva das indústrias recicladoras com geração de trabalho.

Em janeiro de 2007, foi sancionada a Lei nº 11.445 que traz no Art. 57, modificando a lei de licitações e contratos - Lei 8666/93, a previsão de dispensa de licitação para associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis.

O MMA em parceria com o IPEA está desenvolvendo o Programa de pagamento por serviços ambientais urbanos. No primeiro momento, o Programa está sendo desenvolvido com foco na reciclagem e nos serviços prestados pelos Catadores de materiais recicláveis. Nesse contexto, tem-se como objetivo: desenvolvimento de metodologia para valoração dos serviços ambientais prestados pela reciclagem , como subsídio para formulação de políticas públicas e reduzir a volatilidade dos preços dos materiais recicláveis, com alcance social para os catadores.

Quando falamos em resíduos sólidos, estamos nos referindo a algo resultante de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada.
Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima e/ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.

Ao segregarmos os resíduos, estamos promovendo os primeiros passos para sua destinação adequada. Permitimos assim, várias frentes de oportunidades como: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; a melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.

Desafios diários dos catadores de lixo no Brasil é tema de estudo de pesquisadora da ONU.


As pessoas não dão valor ao lixo produzido e poucas reconhecem o trabalho dos catadores que levam resíduos para serem reciclados, ressalta a pesquisa de Beatriz Magalhães.

Catadores de materiais recicláveis. Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Catadores de materiais recicláveis. Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Você sabe para onde vai o lixo que você joga fora? Aterros sanitários e lixões certamente não são as únicas opções de destino, como mostra a dissertação de mestrado de Beatriz Magalhães, pesquisadora do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), instituição vinculada ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
“Liminaridade e exclusão: catadores brasileiros e suas relações com a sociedade brasileira” traz a realidade de milhares de catadores de lixo e os desafios enfrentados por eles diariamente.
Segundo a autora do estudo, as pessoas normalmente têm a sensação de que o lixo desaparece depois de ser jogado fora, o que não retrata a realidade. Magalhães destaca na pesquisa que, para os catadores, aquele material possui valor e que seu trabalho deveria ser mais bem reconhecido, já que se eles não levassem o lixo para a reciclagem, provavelmente ele iria parar em um aterro ou lixão, poluindo o meio ambiente.
O estudo ainda ressalta que o trabalho dos catadores não só ajuda a preservar a natureza como também dá uma função ao lixo, já que o material recolhido volta para o processo produtivo.
Apesar disso, Magalhães afirma que os catadores ainda se sentem excluídos da sociedade, “já que, como são pobres, não possuem acesso a diversos direitos e serviços que pessoas com renda maior possuem”.
A autora fez entrevistas com diversos catadores em Belo Horizonte entre agosto de 2010 e fevereiro de 2012 para descobrir o ponto de vista deles sobre o ciclo do lixo. Segundo ela, uma das frases mais interessantes que ouviu foi que o lixo é apenas lixo nos olhos de quem o está jogando fora, mas que ele possui grande valor para aqueles que tiram dele o seu sustento.
Beatriz Magalhães apresentando sua pesquisa sobre o trabalho dos catadores de lixo no Brasil. Foto: IPC-IG/Tamara Santos
Beatriz Magalhães apresentando sua pesquisa sobre o trabalho dos catadores de lixo no Brasil. Foto: IPC-IG/Tamara Santos
“Hoje, depois dos programas do governo federal, do governo estadual, das instituições que apoiam os catadores, a gente começou a ver a valorização do nosso trabalho, ver o quanto o catador é importante para o meio ambiente e para a sociedade em geral”, disse a catadora Madalena.
A definição de lixo por si só traz uma conotação pejorativa, observa a pesquisadora, acrescentando que essa mesma conotação é usada para os próprios catadores. Porém, nas entrevistas foi fácil perceber a troca das palavras “lixo” por “material reciclável”, mostrando que as pessoas não tem noção do quão útil é o lixo que elas jogam fora.
“Não é lixo, né?! Não existe lixo. Eu falo que, se fosse lixo, eu não teria criado nove filhos e não estava aí até hoje trabalhando”, disse uma das catadoras, dona Geralda. “Então não é lixo, é matéria que sai extraída da natureza e que as pessoas não dão o destino correto para elas. Nós damos esse destino há muitos anos, sabemos como fazer isso”, acrescentou.
A pesquisa conclui que os catadores vêm lutando para obter reconhecimento e direitos na sociedade brasileira, já que, ao contrário do consumo, a reciclagem agrega valor aos resíduos e ao ciclo do lixo.
Fonte:ONU.
Matéria: F@bio Lim@s