terça-feira, 3 de outubro de 2017

ATRASOS CONTÍNUOS NO PAGAMENTO DO CONTRATO DE COLETA SELETIVA EM SÃO LEOPOLDO PREJUDICA RENDIMENTO DOS CATADORES DAS COOPERATIVAS.

O contrato de coleta seletiva entre cooperativas de catadores de São Leopoldo e Prefeitura Municipal, seguem sem previsão de normalização nos pagamentos.
Com 4 meses e meio em atraso, as cooperativas ainda estão recebendo parcelado o mês de maio de 2017, e sem data certa para os recebimentos . O problema vem se agravando desde novembro de 2016, quando começou o primeiro atraso no pagamento dos serviços dos catadores, pela coleta seletiva solidária, e a cada dia que passa as dificuldades enfrentadas pelas cooperativas são ainda maiores.
Em alguns casos os catadores tiveram diminuição de renda, para poderem manter o mínimo possível, para que o caminhão da coleta seletiva não interrompa o serviço na cidade, considerado essencial ao município, e fonte de renda dos catadores. Com o atraso constante, algumas cooperativas estão pagando dividas com os fornecedores com recursos da divisão de sobras dos cooperados, para que os veículos continuem em circulação.
- Em muitas reuniões com a secretaria da fazenda e representantes dos catadores, (Forúm dos Catadores de São Leopoldo), o município passa as dificuldades financeiras o qual vem enfrentando desde que assumiu a gestão 2017/2020. Porém, os prazos passado aos catadores não estão sendo cumpridos como acordado. Diz Sirlei Guimarães - catadora (55).
- Conforme passado pela coordenação do empreendimento, na semana retrasada dia 22/09, a prefeitura ficou de repassar as cooperativas 50% do valor do contrato, o que aconteceu somente no dia 26/09. Uma nova programação estava para a data de 29/09, que foi alterada para dia 03/10, e até o presente momento também não aconteceu. Diz Vera Rodrigues - Catadora (55).

Em contato com  a secretaria da Fazenda na data de hoje, a informação obtida, junto a despesas é de que não a previsão para o pagamento do restante do contrato de maio de 2017, o que trás ainda mais preocupação, e dificuldades para manter a coleta seletiva.
- Sempre mantivemos um bom diálogo com o poder publico, e sabemos entender a situação financeira do município. Porém também temos compromissos a cumprir, fornecedores e nossos rendimentos atrasados, a 4 meses. Pois como somos coletores, só recebemos quando a prefeitura, paga. Se a prefeitura não paga, não recebemos também. Dependemos disso, e os companheiros que estão na base, precisam da coleta que buscamos na rua. Prestamos um serviço, e assim como qualquer outro serviço realizado, precisamos receber. Não estamos pedindo nada de graça. Estamos apenas querendo receber pelo que fizemos, pelo nosso trabalho. Seja com chuva ou com sol, seja feriado ou não, lá estamos nós atendendo a população leopoldense, sem desanimar. Desabafa o catador Evandro dos Santos (39) que faz a coleta com o caminhão diariamente.
O contrato de coleta seletiva foi assinado em Junho de 2014, e renovado a cada ano, e durante estas mais de 3 anos de coleta seletiva feitos pelas cooperativas, já foi deixado de destinar para o aterro sanitário em media mais de 280 t mês, 3360 t ano e 10.080 toneladas  de resíduos, neste período de contrato. Os catadores tiveram um aumento de renda de 53,6% com os contratos em dia. Hoje com os atrasos os catadores estão retrocedendo. Pois em boa parte das cooperativas o pagamento em dia, possibilita instabilidade na renda, e contas em dia também.
Texto: Departamento comunicação uniciclar.