quinta-feira, 29 de novembro de 2018

COOPERATIVA UNICICLAR RECEBE NOVOS INVESTIMENTOS DA ANCAT.

Desde 2016, a Cooperativa de Trabalho dos catadores Uniciclar em São Leopoldo, participa do projeto desenvolvido pela Ancat (Associação Nacional dos Catadores Materiais Reciclaveis) e MNCR (Movimento Nacional Catadores), e recebe ao longo deste anos assessoria técnica e investimentos na base.
Em 2017 o Empreendimento de Economia Solidária, recebeu investimentos referente a 2016, para Infraestrutura, onde construiram o anexo 03 o pavilhão de armazenagem e prensagem, construiram parte do novo escritório, mobiliaram, compraram equipamentos eletrônicos para formação, impressoras, computadores. Entre recursos vindos do projeto e recursos próprios do EES, foram investidos em 2017 mais de R$ 80 mil reais. 
cooperativauniciclar.blogspot.com/2017/09/cooperativa-de-catadores-recebe.html
Em 2018, o empreendimento recebeu recursos referente a 2017, o qual estao sendo investidos em concertos de veículos para coleta seletiva solidária nas empresas parceiras da cooperativa, pavimentação da área externa 370m² do empreendimento, e aquisição de Big Begs. Os investimentos de 2017 em 2018,  chegam a mais de R$ 60 mil reias , oriundo do projeto e recursos próprios da cooperativa.
 - Há mais de 10 anos sonhavamos com a pavimentação asfáltica na cooperativa. Pelo custo ser muito alto, não tinhamos condições de fazer. A participação da uniciclar no projeto, nos possibiltou ´, fazermos investimentos e a melhorarmos a nossa estrutura interna e externa. Isso melhora as condições de trabalho de nós catadores. Pois quando chovia, ficava água empossada no pátio, e com o transito de caminhões da coleta seletiva e empresas, virava em lama, o que causava muito transtorno e sujeira. Agora podemos trabalhar mais tranquilos e em condições adequadas. Diz o Coordenador Presidente do EES Pedro Cezar Dutra dos Santos(38).
- temos melhores condições de trabalho, e os investimentos são de muita importanica para nós. Alem dos investimentos, também temos a assessoria de um técnico Ancat, que 1 vez por semana esta aqui na base, nos dando suporte, nas aréas adminstrativas, financeira, e também formações em segurança do trabalho, cooperativismo. Diz a catadora e coordenadora produção Rosane da Silva .
Para Flavia Elisiane de Limas (34), - As vezes o Técnico, nos faz bastante cobranças quanto a organização do nosso local de trabalho. Mas sabemos que tudo isso é em beneficio de nos mesmos, que temos muito a melhorar, e o trabalho do técnico junto conosco é de suma importancia, para que possamos evoluir no mercado de trabalho.
A Uniciclar e um dos 5 grupos de catadores de São Leopoldo e Novo hamburgo que participam do "Projeto Reciclar Pelo Brasil 2018", onde tem a gestão do Projeto pela ANCAT/MNCR.
Em São Leopoldo dos 7 empreendimentos de catadores  da coleta seletiva municipal contratados pelo Municipio, 3 cooperativas fazem parte do projeto, sendo Cooperativa de Trabalho dos Catadores Uniciclar, Cooperativa de Trabalho dos Catadores Cooperconquista e Cooperativa de Trabalho dos Catadores Coopervitória, e em Novo Hamburgo Participam a Cooperativa de Trabalho dos Catadores Univale Filial 01 e Coolabore Filial 02, todas membros do Nucleo 01.
Para o Técnico Ancat Fábio Rodrigo Garcia de Limas, - O trabalho que esta sendo desenvolvido nas bases de catadores de São Leopoldo e Novo Hamburgo, não é só investimentos financeiros, Mas sim também a organização do espaço fisico dos empreendimentos, melhor reaproveitamento da estrutura fisica, melhores condições de trabalho, documentação em dia, formações em varias areas, que muitos dos empreendimentos ainda tem necessidade e deficiencia.
O maior orgulho, em trabalhar junto as cooperativa de catadores, e ver que a cada dia, por mais dificuldades que enfrentam, os EES, estão evoluido, e melhorando suas condições de trabalho. Eu aprendo muito com eles, e eles conosco.
FONTE: Comunicação Uniciclar.













sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA.

A contratação das Cooperativas de Catadoras e Catadores.
A qualidade da gestão de resíduos, do combate à pobreza e a exclusão social, da defesa do meio ambiente e dos recursos públicos pode ser acelerada pela imediata contratação das cooperativas de catadoras e catadores de materiais recicláveis.
Com a dispensa de licitação e formas menos burocráticas de contratos com as cooperativas, são assistidas e garantidas pela Lei 11445/07, Política Nacional de Saneamento Básico e pela lei 12305/10 Política Nacional de Resíduos Sólidos, PNRS, que obriga a separação e a coleta seletiva em todos os municípios brasileiros, priorizando a contratação das catadoras e catadores de materiais recicláveis.
Na prática, os municípios ao invés de privatizarem a coleta seletiva com empresas privadas, pagando contratos milionários, com serviços ineficientes, com baixos índices de reciclagem, criando programas criminalização do trabalho das catadores e catadores podem optar por um processo mais simplificado, implantando a coleta seletiva solidária, garantida a gestão compartilhada dos resíduos, obedecendo as leis nacionais de resíduos e saneamento.
Os dados nacionais de gestão de resíduos apontam que a coleta seletiva privada encaminha apenas 03% de resíduos a reciclagem, sendo de um custo que ultrapassa 600 reais de investimento por tonelada. Na cidade de Porto Alegre, por exemplo, uma das pioneiras da coleta seletiva no Brasil, com coleta seletiva completando 30 anos de implantação, consegue coletar apenas 100 toneladas dias, num total mínimo de 800 toneladas dias, com um saldo de 50% de rejeitos. Este modelo de empresas que objetivam apenas lucro e o serviço de coleta, arrastam os índices de reciclagem para baixo e os índices de investimento para cima, sendo uma perda em relação a quando este serviço é executado pelas catadoras e catadores.
Os exemplos nas cidades onde há contratação de catadoras e catadores, que o serviço de coleta seletiva solidária consegue no primeiro ano, aumentar em mais de 300% o volume de resíduos, aumentando em mais de 400% a geração de postos de trabalho nas cooperativas, com aumento mínimo de 100% na renda das catadoras e catadores, economizando recursos públicos na gestão de resíduos.
Cidades como São Leopoldo, onde a cooperativa Uniciclar trabalhava com 12 catadores, com renda média de meio salário mínimo, depois do contrato aumentou para 48 trabalhadores que garantem uma renda bruta em torno de 1500 reais sendo 1200 a renda do catadores e 300 reais os direitos (EPIS, INSS entre outros).
Quando as catadoras e catadores realizam a coleta, a cidade e os cidadãos participam da gestão, separam adequadamente os resíduos com o apoio da educação ambiental que as catadoras e catadores realizam diariamente, formando uma sociedade que se preocupa com seus resíduos, com a inclusão social e com a natureza, participando ativamente como protagonista na gestão de seus resíduos.
A coleta seletiva solidária veio para ficar, ela é o caminho para a gestão compartilhada e a responsabilização da sociedade sobre a gestão dos resíduos, garantidas a inclusão social, a economia de recursos e a defesa da natureza com a reciclagem e futuramente, compostagem.
Faça sua parte, separe seus resíduos adequadamente, apoie as catadoras e catadores de materiais recicláveis e faça a cobrança de sua prefeitura para a realização ou ampliação da coleta seletiva solidária.
Alex Cardoso
Catador de materiais recicláveis - MNCR