segunda-feira, 23 de novembro de 2015

CRISE POLITICA E FINANCEIRA AFETA CATADORES DA ÁREA DA RECICLAGEM.

O aperto maior na renda dos catadores das cooperativas de todo o Brasil, esta diretamente ligado à desaceleração econômica, principalmente da indústria.

A menor produção industrial rediziu a demanda pelos insumos fornecidos pelos catadores, derrubando os preços dos materiais recicláveis.
O exemplo mais bem acabado esta na garrafa plástica ( PET) , produto top dos materiais reciclavéis, , ao lado da latinha de alumínio. O preço caiu de R$ 2,40 em junho, chegando a R$ 1,00 até menos em algumas regiões do Brasil, apenas este mês, tendo uma desvalorização de 60%.
EFEITO CASCATA.
O que afetou os PETS foi principalmente a queda da demanda dos setores automotivo, têxtil e químico. O PET compõe painéis e carpetes de carros e transformado em resina, é usado na fibra de vidro de ônibus.

Na Aunde, que produz tecidos para bancos de carro, ônibus e caminhões, de 20% a 30% dos fios de Pet reciclado. “ Consumimos toneladas deles, Mas com a queda de 20% da produção de veículos reduzimos as compras”, diz Felipe Borges, Gerente comercial da empresa.
PAPELÃO
O papelão também foi afetado pelo efeito cascata. O produto é insumo da fabricação de caixas, utilizadas pela indústria para embalar basicamente tudo de alimentos a celulares, eletrodomésticos a peças de automóveis.

As vendas de papelão ondulado recuaram 6,12% em outubro de 2015, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 300 toneladas, segundo associação do setor.
Com o menor ritmo da indústria e do comércio, o preço do papelão reciclado teve uma queda de 30% na cooperativa uniciclar, em São Leopoldo/Rs. Em algumas cooperativas no RS esta queda chega a 40%, e em outras regiões do brasil, esta queda chega a 50%.
QUEDA DE RENDA
A  renda dos catadores encolheu em outras regiões do Brasil. Na cooperativa Uniciclar foi de R$ 1.186,00 por catador, para apenas R$ 886,00 liquido.
“A queda de renda só não foi maior por, ainda contamos com muitas empresas parceiras, que doam material, para nós, e ainda estamos seriamente, estudando junto com a REDE CATAPOA, Central de cooperativas de Porto Alegre e Região metropolitana, de anteciparmos os projetos de comercialização em conjunto para podermos agregar qualidade e valor aos nossos produtos triados.”, conta Pedro Cezar Dutra, catador (34), Presidente e coordenador da cooperativa.
“ Porém tivemos que aumentar a capacidade de produção e triagem de 80 toneladas mês para 112 toneladas mês, em outubro de 2015, para podermos manter, uma remuneração ainda que de passagem diga-se digna. Mas sabemos que nem todos os catadores e cooperativas contam com esta parceria de empresas privadas”.

“Também contamos com o contrato de coleta seletiva em São Leopoldo, o que ajuda, a termos menos gastos, e mais material dentro da cooperativa”, diz Flavia Limas, catadora (31), coordenadora de produção.
O contrato de coleta seletiva, com o Município de São Leopoldo, iniciado em 2014 com as 7 cooperativas de catadores de São Leopoldo, Uniciclar, Coopervitória, Nova Conquista, Mãos Dadas, Cooperfeitoria, Univale e Coopersanto Antonio, contribui para que os próprios catadores façam uma coleta seletiva mais eficiente, mantendo assim uma boa parceria entre município e catdores.
As cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis prestam um serviço público à sociedade. Elas estão constituídas legalmente enquanto organizações civis sem fins lucrativos; portanto, seu fim último não é o lucro, como é o caso das empresas de comercialização de materiais. Estas organizações trabalham com a finalidade da prestação de serviços à sociedade e ao meio ambiente. A coleta porta a porta, a interação com a comunidade e a capacitação constante de seus cooperados e associados são formas de garantir novo sentido à atividade de catação e à função do catador como trabalhador e agente ambiental.
Temos a esperança que em 2016, as coisas melhorem, e os materiais voltem a ser instável no mercado, e que o consumo, pela indústria volte a crescer, assim podemos voltar a ter uma melhor renda”, diz o Catador Fabio Limas (33), financeiro da Uniciclar.
“Tivemos que apertar os cintos, Deixar por enquanto de fazer alguns investimentos, em estrutura, e focar mais na remuneração final e dos nossos ganhos, até que a coisa melhore”, diz Marco Antonio, Catador e cooperado da Uniciclar.
Importância e benefícios da reciclagem do lixo

Desde a década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis cresceu significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países industrializados. Muitos governos e ONGs (Organizações Não Governamentais) estão cobrando das indústrias atitudes responsáveis. Neste sentido, o desenvolvimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio, plástico e papel, já são corriqueiras em várias cidades do mundo.


No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera renda, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem ajuda a diminuir significativamente a poluição da água, do ar e do solo. Muitas empresas estão reciclando materiais como uma maneira de diminuir os custos de produção de seus produtos. 

Outro importante benefício gerado pela reciclagem é a quantidade de novos empregos que ela tem gerado nos grandes centros urbanos. Muitas pessoas sem emprego formal (com carteira registrada) estão buscando trabalho neste ramo e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio, por exemplo, já são comuns nas grandes cidades do Brasil.

Diversos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um índice de reaproveitamento de aproximadamente 100%. Derretido, ele volta para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.

Várias campanhas de educação ambiental têm despertado a atenção para o problema do lixo nos grandes centros urbanos. Cada vez mais, os centros urbanos, com altos índices de crescimento da população, tem encontrado dificuldades em obter locais para instalarem depósitos de lixo (aterros). Logo, a reciclagem mostra-se como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos educadores a separarem o lixo em suas casas. Outro fato interessante é que já é muito comum nos grandes condomínios residenciais a reciclagem do lixo.

Curiosidade:

- Você sabia que muitos produtos levam muitos anos para serem absorvidos pelo meio-ambiente?
Veja abaixo uma relação das substâncias e objetos e o tempo que elas levam para serem absorvidas no solo.

· Papel comum: de 2 a 4 semanas 
· Cascas de bananas: 2 anos 
· Latas: 10 anos 
· Vidros: 4.000 anos 
· Tecidos: de 100 a 400 anos 
· Pontas de cigarros: de 10 a 20 anos 
· Couro: 30 anos 
· Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos 
· Cordas de náilon: de 30 a 40 anos 
· Chicletes: 5 anos 
· Latas de alumínio: de 80 a 100 anos
O Brasil Recicla:
http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 3% aproximadamente, do lixo sólido orgânico urbano gerado no Brasil é reciclado.("compostado"). Em Minas Gerais, considerando somente a área urbana, 4% dos resíduos orgânicos gerados são reciclados. 

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 47% da resina PET,o Brasil é um dos maiores recicladores de PET do mundo – em 2005, reciclou 174 mil toneladas 

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 23% das 46 mil toneladas de embalagens longa vida pós-consumo 

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 20% dos plásticos  

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 45% das embalagens de vidro, o Brasil se mantém em um nível intermediário comparado com outros países 

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 29% das latas de aço, um fator chave para esse sucesso é a inserção do aço (na forma de latas de alimentos, bebidas, aerossóis etc.) nos sistemas de coleta doméstica porta a porta. 

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 96,2% da produção nacional de latas de alumínio  

http://www.projetoreciclar.ufv.br/img/seta_orange.jpg 77,4% do papel e papelão, o Brasil reaproveitou 2,24 milhões de toneladas para o consumo aparente de 2,89 milhões de toneladas, o que explica a taxa de 77,4%.
Fonte: fichas técnicas do CEMPRE
Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia. O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e ao perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados existir, mais lixo é produzido. Veja abaixo o destino que é dado ao lixo produzido por nós.


Fonte: Departamento de comunicação Uniciclar.

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